sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Vivendo a fé na prática.

Há algumas semanas atrás, recebemos pedido de oração da família do Pr Marcus que atuam como missionários em Bishkek, pois iriam comemorar o Natal, levando a mensagem de Jesus, com um povo muçulmano de difícil acesso e bastante resistente.

Pois bem, segue abaixo a carta de agradecimento do Pr. Marcus, e contando um pouco como foi essa experiência.

PAZ!

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Bishkek, 27 de Dezembro de 2007

Queridos irmãos e cooperadores,

Saudação calorosa ! (embora estamos com menos 20 graus C hoje)

Este foi um mês cheio de acontecimentos e gostaríamos de compartilhá-los

Um deles foi o livramento que Deus me deu quando estava viajando para a vila. O carro rodou mais de 90 graus no gelo, mas graças a Deus não bati em nenhum carro ou cai no barranco.

O Natal foi comemorado na escola com uma cantata apresentada pelas crianças. Foi muito bom vê-los participando e aprendendo mais sobre o verdadeiro sentido do Natal.

O nosso Natal foi especial, um natal em família, Cantamos parabéns para Jesus, comemos bolo, Andréa contou uma história missionária e cada um de nós fez um agradecimento a Deus.

No dia 25, pela manhã, viajei para Ceriêntica. Louvamos a Deus por suas orações pois tudo saiu melhor do que esperávamos. Estavam presentes 60 pessoas entre, professores, funcionários, estudantes e seus familiares. Passamos o filme Jesus, segundo o evangelho de Lucas, com uma duração de 1 hora e meia. Todos ouviram atentamente a mensagem e no final, o pastor Kuban (ex-muçulmano), deu um testemunho desafiando os presentes a pensarem com respeito a sua vida espiritual, seu destino após a morte e a pessoa de Jesus como o único caminho para Deus.

A realidade de pregar o evangelho no mundo islâmico é bem diferente do que conhecemos no Brasil. Só o fato deles estarem presentes, assistindo aquele filme, já era um “pecado” para eles. Eles passaram suas vidas ouvindo que só Ala é Deus, que ninguém é maior que Maomé e que a Bíblia foi alterada. De repente estão diante de um filme que diz que Jesus é Deus e que é o único caminho para salvação.

O meu desejo natural era de fazer como no Brasil, pedindo para que as pessoas levantassem as mãos e viessem à frente entregando suas vidas para Cristo, porém sei que uma atitude como essa dentro da cultura que estamos inseridos acarretaria conseqüências sérias para o novo convertido.

Reconhecendo que a nossa função é a de levar a mensagem e que é o Espírito Santo que convence do pecado da justiça e do juízo, resolvemos não fazer nenhum convite imediato. Deixei claro que estava a disposição de qualquer um que quisesse aprender mais sobre Jesus e que poderia passar o filme em Kirguiz ou Russo em suas casas. Portanto, achamos que a melhor estratégia para aquela situação era deixar que o “apelo”, que já existe no filme, e o desafio do pastor Kuban, trabalhassem em seus corações. Estamos em oração esperando que o Senhor mande os primeiros frutos para Sua honra e glória.

MOTIVOS DE ORAÇÃO

· Agradecer pela apresentação do Filme Jesus.

· Orar para que o Espírito Santo trabalhe em seus corações e apareçam os primeiros frutos.

· Orar pelo início da igreja em Ceriêntica.

· Orar por nossa saúde e proteção contra as investidas do inimigo.

Que o Senhor, que fez o céu e a terra, seja o seu escudo e proteção.

Pr. Marcus Vinícius, Andréa, Elizabeth e Asaph



terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Bem e mal.

Bem e mal.
Ricardo Gondim

Naran, meu neto, gosta de classificar os personagens de seu mundo infantil em rígidas categorias. Vez por outra, ele me pergunta: “Vovô, o Homem Aranha é do bem ou do mal?”. Claro, procuro antecipar-me às suas expectativas e digo que o seu herói é do bem. Certo dia, vi-me num beco sem saída. Sério como um professor na hora da sabatina, ele me questionou: “Vô, Davi era do bem ou do mal?”. Eu respondi sem titubear: “Do bem”. “E Golias?”. Não hesitei: “Do mal”. Com essas duas respostas para trabalhar em sua cabecinha, ele recontou o que aprendera sobre o célebre embate entre o rei e o gigante, e emendou: “Mas, vô, Davi cortou a cabeça de Golias depois que o derrubou com uma pedra, não foi? Naquela hora ele não virou num homem do mal?”. Só consegui responder: “Eu nunca tinha pensado assim, mas acho que você tem razão”.

Nossa disposição para separar as pessoas em arraiais distintos, além de ingênua, não subsiste aos questionamentos de uma criança. Os seres humanos são infinitamente mais complexos que nossas pobres categorizações. Recentemente, vi o filme sobre a vida da cantora francesa Edith Piaf. Sua história mexeu com as minhas emoções, saí do cinema com o coração comovido. Sua infância, suas constantes perdas, sua adolescência nas sarjetas a tornaram uma mulher tempestiva, que bebia demais e parecia desequilibrada. Mas ela não podia ser rotulada com gradações que vão de boa a perversa.

Os personagens bíblicos são inconstantes em suas virtudes e os vilões não encarnam o mal absoluto. O único personagem bíblico absolutamente mal é Satanás. Todos os demais agem com vileza e bondade; são execrados e aplaudidos. Abraão creu, hesitou, mentiu. Moisés ousou, titubeou, perseverou. Davi amou, assassinou, arrependeu-se. A seqüência de exemplos lota o texto sagrado. Todos os heróis são cavalheiros e nobres, réprobos recomendáveis.

Jesus lidou com a alma humana como um vasto universo. Ele era extremamente cuidadoso e jamais subestimava a subjetividade de cada pessoa. Não deixou que apedrejassem a mulher apanhada em adultério. Considerava injusto que aqueles religiosos não levassem em conta o passado, os traumas, as feridas anteriores de tal muher. Não, ele não permitiria que a história dela fosse jogada na sarjeta só para que a lei fosse mantida. Quando li a biografia do Garrincha, talvez o maior ponta-direita do futebol brasileiro de todos os tempos, não consegui depreciá-lo como um devasso, mas como um desafortunado, um alcoólico carente de misericórdia. Chorei por sua sorte.

Li uma frase no blog do Allyson Amorin (http://alyssonamorim.blogspot.com/) que apreciei bastante: “Por trás de uma grande queda há sempre uma curva acentuada”. Quanta verdade! Devemos olhar não apenas para as quedas, mas considerar também as curvas acentuadas.

A monumental obra de Victor Hugo Os Miseráveis expôs Javert como um homem detestável, porque não conseguia conceber que um condenado pudesse ter alguma nobreza no coração. Uma vez condenado, para sempre perdido. Os maus mereciam, segundo sua percepção, os rigores da lei.

Jean Valjean, criminoso execrado por um homicídio, foi tenazmente perseguido por Javert, que só se preocupava em mostrar sua coerência com a lei. Durante toda a narrativa, Victor Hugo revela outro lado: o fugitivo era correto, bondoso, nobre, enquanto o legalista, um detestável vingativo. O caráter impoluto do policial camuflava um homem inclemente. A lei e o aparato policial escondiam a pequenez de Javert.

Preocupo-me com os religiosos que identificam facilmente quem vai para o inferno. Regras, conceitos teológicos e catecismos não conseguiriam por si só peneirar os bons dos ruins. Joio e trigo se parecem e é necessário esperar pelo fim dos tempos.

Só Deus conhece os porões de cada vida. Só ele sabe as guinadas que a existência de cada um sofreu, e só ele tem critérios suficientes para lidar com as histórias humanas. E a melhor notícia é que Deus não nos trata segundo uma lei fria. Ele é um pai tão compassivo e bom que no Salmo 103 considera nossa fragilidade como pó e, por isso, afasta de nós as nossas transgressões.

Quando penso em certo e errado, ordem e desordem, ligado e desligado, me esqueço da graça e dessa infinita capacidade divina de nos entender sem explicação. Sem a graça, resta o pavor da lei, que não considera as inadequações humanas, com agravantes e atenuantes. Sim, o justo juiz é um pai que me pôs em seu regaço, sem precisar esclarecer o porquê do seu amor.

Todos nós já nos comportamos como Davi. Em algumas circunstâncias o rei “virou do mal”, mas encontrou a infinita disposição de Deus para tratar-lhe com misericórdia. Essa disposição é a causa pela qual nós também não fomos destruídos.

Soli Deo Gloria.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Mas eu sei em quem tenho crido.

VERSÍCULO:
Por essa causa também sofro, mas não me envergonho, porque sei
em quem tenho crido e estou bem certo de que ele é poderoso para
guardar o que lhe confiei até aquele dia. (II Timóteo 1:12)

PENSAMENTO:
Como Paulo enfrentou circunstâncias muito difíceis perto do fim
da sua vida. Muitos que ele tinha levado ao Senhor o abandonaram.
Mas ele estava confiante que o Senhor não o abandonaria! Ele tinha
comprometido sua vida ao Jesus como Senhor. Esse Senhor asseguraria
que o investimento que Paulo fez não seria em vão. Sua vida, seu
futuro e seu destino eterno estavam confiados ao Senhor. Ele
acreditava com todo seu ser que num dia especial conhecido só por
Deus, Jesus voltará e todo joelho dobrará e a fé de Paulo no Senhor
será validada.

ORAÇÃO:
Todo Poderoso Deus, eu creio, mas, por favor, fortaleça minha fé
e minha confiança para que possa ter perseverança, não importa o
que acontecer, e fortaleça também minha esperança para que possa
permanecer vibrante. Confio ao Senhor tudo que sou e tudo que
espero ser, acreditando totalmente que o Senhor me sustentará ao
atravessar o que tiver no meu futuro, e me levar à sua presença
gloriosa com grande alegria. No glorioso nome de Jesus eu oro.
Amém.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Só porque vale a pena.

Desde que iniciamos as atividades do Grupo Eclesia, eu muitas vezes me peguei (e ainda me pego), me questionando sobre o resultado dessas nossas ações.

"- Será que trará bons frutos? - Estamos fazendo tão pouco. - Tem milhares de pessoas carentes pelo mundo, e nós só conseguimos ajudar algumas poucas. - De que adianta?!..."

Essas são as duvidas que me seguem o tempo todo.

E sempre em seguida me vem o consolo do Espírito Santo, e a certeza de que quem faz a obra é Deus e que sim isso trará bons resultados, muito maiores e melhores do que aquilo que imaginamos ou sonhamos.

Abaixo, segue o testemunho do Pr. Gondim, do resultado do trabalho que ele junto a sua igreja iniciou e que agora colhe os bons frutos.

Sim, vale a pena servir a Deus, Ele nunca falha.

PAZ!

Evandro

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Só porque vale a pena.

Ricardo Gondim.

Há vários anos, com muita dificuldade, começamos um pequeno projeto de desenvolvimento comunitário em Boqueirão do Cesário, no Ceará. A dificuldade vinha de nossos poucos recursos (a Betesda ainda dava os primeiros passos) e da localização geográfica do lugar; Boqueirão do Cesário fica no entroncamento de duas rodovias federais, mas não passa de um distrito – sem status de município – pobre e sujo.

Quando a Betesda chegou, não havia nenhuma igreja – nem católica – nenhum posto de saúde, e a água tinha um teor salino tão alto que nem o gado bebia em época de seca.

Fomos obrigados a semear aquela plantinha com as nossas lágrimas. Começamos uma escola, um posto de saúde, uma igreja e um programa de desenvolvimento comunitário.

No dia 30 de novembro de 2007, o Jornal “O Povo” de Fortaleza estampou uma notícia surpreendente: uma menina pobre, Daniela Guedes Silva, foi premiada na Olimpíada Nacional de Astronomia e Astronáutica, concorrendo com 350.000 candidatos de todo o Brasil.

E o que a Betesda tem a ver com isso?

É que essa menina...

1 - É cearense
2 - Do interior,
3 - De Boqueirão do Cesário,
4 - Do Centro Social Betesda.

A vitória da Daniela agora faz parte da história de todos os que sonharam e se deram por aquele projeto.

Sinto-me orgulhoso de que a minha igreja fez, e faz, toda a diferença na vida de gente como a Daniela, que vive em comunidades carentes.

Até hoje a escola do Centro Social Betesda é a única da cidade.

A Daniela aprendeu muito mais do que escrever; ela aprendeu a amar o conhecimento.

"A verdadeira religião é visitar os órfãos e viúvas em suas necessidades"

O link da notícia: http://www.opovo.com.br/opovo/ceara/748766.html

Soli Deo Gloria.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Essa Não É a Sua Vida. (não mesmo?!)

Esta é uma bela música de uma banda secular, chamada Papas da Língua que fala sobre a maneira como o ser humano vive.
No mundo secular, cidadãos comuns, esta música já faz efeito, já mexe com os orgulhos, egos, etc.

Para nós Cristãos então, esta música é um "chacoalhão". Devemos sentir vergonha por alguém não crente vir nos alertar desta maneira.

Como estamos usando a vida que Deus nos deu? Estamos apenas cuidando do que é nosso?

Estamos sempre sem tempo, correndo com os estudos, trabalho, vida social, sempre pensando em nós mesmos, e apenas em nós.
Tratamos as outras pessoas como "números, números, números".

E nossa missão de mudar o mundo? De evangelizar o mundo? De levarmos a palavra de Jesus até os confins da Terra?

Estamos mesmo vivendo, ou apenas existindo?

Vamos pensar nisso, e agir, pois certamente seremos cobrados!

PAZ!



Essa Não É a Sua Vida

Papas da Língua

Composição: Leo Henkin

Roubar
Subtrair uma parte qualquer
Da metade do que não é nada
A não ser um pedaço qualquer
De alguém
Matar
Subitamente apagar dessa vida
Um pedaço que é nada mais
Que uma parte qualquer
Da metade do que não é nada
A não ser um pedaço qualquer
De alguém
Viver
Repetir todo o dia a tarefa
De ser um a mais
Uma parte qualquer da metade
Do que não é nada a não ser
Alguém
Morrer
Simplesmente sair dessa vida
E deixar para sempre de ser
Um a mais e de ser
Uma parte qualquer da metade
Do que não é nada
A não ser
Alguém
Números, números, números
O que é, o que são
O que dizem sobre você
Essa não é a sua vida
Essa não é a sua história
Sentir
Sente-se que a metade
De vinte por cento
Dos vinte milhões de mulheres
No mundo
Não sentem nenhum prazer
Saber
Sabe-se que o total de pessoas
Que sabem o que é o amor
É igual a metade
Dos que já não sabem
O que é amar
Falar
Fala-se que só metade
Dos homens que sabem falar
Realmente não falam aquilo
Que sentem e falam e falam
Pensar
Pensa-se que uma parte
Daqueles que pensam
É só a metade dos vinte por cento
Que pensam naquilo
Que é bom para si
Números, números, números
O que é, o que são
O que dizem sobre você
Essa não é a sua vida
Essa não é a sua história


segunda-feira, 5 de novembro de 2007

O amor de Deus EXCEDE TODO ENTENDIMENTO


"Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome, para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem interior; Para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus. Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera,a esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém. (Efésios 3)

Se eu tiver que escolher uma coisa linda que eu encontro em Deus, é Vê-lo agindo de maneira tão intensa, mesmo nós sendo tão limitados, com a fé menor que um grão de mostarda. Ainda assim podemos presenciar o poder do nosso Deus.

O amor de Deus EXCEDE TODO ENTENDIMENTO.

Excede, quando mesmo eu sendo tão pecador, sendo tão fraco na fé, sendo tão limitado, e muitas vezes limitando o poder de Deus, Ele mesmo assim me abençoa de uma maneira inexplicável. Ele me cobre de carinho, me faz Vê-lo e então perceber que Ele é sim muito maior do que eu imagino e que sim, Ele está do meu lado.

“Àquele que é poderoso para fazer muito mais do que pedimos”… Deus é tão grande, tão maravilhoso, tão lindo, que não se limita às nossas limitações, à pobreza de nossas orações, à falta de fé que existe em nossos corações.

Este sábado, 3 de Novembro, foi prova disto. Nos preparamos para este dia há muito tempo, corremos atrás de tudo, uma correria abençoada, e sempre orando a Deus.

Eu pedia a Ele que nos ajudasse com um pouquinho, que desse pra comprar alguns brinquedos singelos, um bom almoço, termos um dia bom, eu já me contentava com isso.

Todos os que nos acompanha nesse trabalho, sabe o quão difícil foi das outras vezes para conseguirmos doações, então o que viesse para mim estava bom.

Todos também sabem o quão difícil é segurar a atenção das crianças por um tempinho, para contarmos histórias sobre o amor de Cristo, para cantarmos, etc.

A previsão do tempo para o sábado era de chuva o dia todo, eu já tinha aceitado isso, e só pedia que Deus nos ajudasse apesar da chuva.

Bom, conseguimos tanta doação que compramos 67 BONS brinquedos, de qualidade, que as crianças adoraram.

Conseguimos tanta doação de alimento, que servimos a eles um almoço diferenciado, gostoso, o qual as crianças repetiram várias vezes e disseram estar “delicioso”; conseguimos tanta sobremesa que sobrou para o outro dia.

1 latinha de refrigerante para cada criança. Para nós isso nem tem tanto valor, mas para eles foi algo único, elas ficaram muito alegres.

Conseguimos prender a atenção deles por um tempo suficiente para louvarmos a Deus, para contar história com a participação deles, foi lindo.

E não é que fez tempo bom o dia todo?! Só começou a chover na hora em que estávamos indo embora.

Deus é mesmo maravilhoso, ainda bem que Ele não se limita às minhas limitações e faz infinitamente mais.

A minha oração hoje é:

“Pai, perdoa-me pela minha falta de fé. Pela minha limitação. Por não Te conhecer tão bem.
Mas obrigado, PAI, por ainda assim o Senhor se mostrar de maneira tão intensa em minha vida. Por ainda assim o Senhor demonstrar tanto amor por mim.
Que a minha vida, seja uma amostra do Teu poder.

Pai, te amo. OBRIGADO! “

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Adoração na igreja evangélica contemporânea

Um fato que me traz boas lembranças, é quando eu morava no Paraná e frequentava a Ig. Batista local, havia um senhorzinho, muito simpático, que vez ou outra pedia ao Pastor um tempo no culto para louvar a Deus. O Pastor Joel, sabiamente sempre permitia. E lá ia o tiozinho com o Cantor Cristão em mãos, sem nenhum acompanhamento musical nem nada, só sua voz, e confesso não era das melhores. Para o ouvido da maioria, ele era desafinado, não cantava bem. Mas era de uma pureza, uma sinceridade, de uma adoração profunda, que tenho certeza, Deus se alegrava muito em vê-lo ali louvando. Eu ao contrário da maioria dos presentes que se olhavam e riam, sentia ali um momento santo, eu percebia ADORAÇÃO ali presente.
Fico muito frustrado quando vejo nas igrejas, na maioria das igrejas, uma busca pelo "perfeito", pela técnica, ensaios e mais ensaios para deixar tudo tinindo, mas que esquecem do principal, a adoração.
Não que eu não ache que Deus mereça o nosso melhor, Ele merece, mas Ele se alegra infinitamente mais quando é um louvor verdadeiro, seja qual for o talento.

O texto abaixo, é um pouco longo mas vale a pena ler, fala sobre isso, sobre o quanto estamos perdendo em LOUVOR, enquanto corremos atrás de agitar o povo, de aperfeiçoamento técnico, de músicas da moda, etc.
Fiquem na PAZ!
Evandro

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Há dois tipos de música: a boa e a ruim, seja ela
erudita, mpb, sertaneja, reggae, rap, rock ou gospel. O
que me surpreende é a capacidade do mercado absorver
música ruim. Com a proliferação de compositores,
interpretes, bandas e gravadoras o cenário evangélico não
poderia ser diferente. Tem música boa, mas também tem
muita música ruim.
Passamos séculos louvando a Deus com hinos históricos da
Reforma, bastava um hinário, e tínhamos uma música com
letras densas, boa teologia e linha melódica harmoniosa.
Nos últimos anos surgiu o que chamamos de louvorzão,
jogamos fora os hinários, a liturgia, aposentamos o piano
e o coral e introduzimos a guitarra, a bateria, o
data-show, as coreografias e a aeróbica. Surgiu também a
figura do dirigente do louvor, responsável para animar a
congregação. Daí para frente têm muito barulho, muitas
palmas, muitas mãos levantadas, muitos abraços, muitas
caretas e cenho franzido. Mas a pergunta que fica é:
temos adoração?
O lado positivo do louvorzão é o interesse e a integração
na igreja de milhares de jovens que, atraídos pelas
bandas e pela euforia dos cultos, enchem os templos.
Trata-se de uma oportunidade única para ensinar estes
jovens, através do exemplo e da Palavra o caminho do
discipulado de Cristo. Mas fica a pergunta: estarão estes
jovens crescendo na santidade e no serviço?
Alguns cultos se tornaram verdadeiras produções dignas da
Broadway. Músicos profissionais, cenários, bailarinos,
iluminação chegam a rivalizar com os shows de artistas
conhecidos. A idéia é que uma produção caprichada com
interpretes competentes gera uma verdadeira adoração.
Novamente fica uma pergunta, toda esta parafernália
cênica tem levado o povo de Deus a uma genuína adoração?
A história da Igreja é rica em manifestações artísticas.
Ao longo do tempo o louvor foi expresso através de várias
expressões musicais. O canto gregoriano, o barroco, os
hinos da Reforma, o negro spiritual e os cânticos
contemporâneos deixaram sua contribuição à boa música ao
longo destes últimos séculos.
Trata-se, portanto, de um equivoco jogar fora toda a
herança histórica e achar que esta geração descobriu a
forma certa de louvar. Se olharmos do ponto de vista
musical veremos que a história nos legou uma herança
preciosa. Na cultura gospel do louvorzão tem muita música
ruim, muita letra questionável, e muito dirigente de
louvor que mais parece um animador de auditório.
A igreja pode ser a ponte entre as gerações, entre o
antigo e o novo e integrar na adoração tudo que há de bom
na sua herança histórica. Tem muita gente já cansada do
louvorzão barulhento de letras rasas, de bandas que tocam
no último volume, das coreografias esvoaçantes e das
ordens do dirigente para abraçar o irmão da frente, de
trás e do lado dizendo que o amamos. É constrangedor
abraçar alguém e dizer que o amamos quando sequer o
conhecemos.
A igreja perde quando o dirigente do louvor, o data-show,
a coreografia e os solos de guitarra se tornaram mais
importantes do que o cântico congregacional. Ou seja,
quando a ênfase do louvor se desloca da congregação para
o palco. Com raras exceções a música é ruim, a letra não
tem nada a ver com a realidade do cotidiano ou a teologia
reformada e a performance no palco é apelativa.
A igreja perde quando se torna parecida com um programa
de auditório e não cultiva mais a boa música com cordas,
sopros, bons arranjos, corais, quartetos. Mas a igreja
perde muito mais ainda quando a adoração se torna um
evento estimulado sensorialmente e não uma melodia que
emerge de um coração quebrantado e temente a Deus.
Adoração é sempre uma resposta humilde, alegre, reverente
àquilo que Deus é e faz. Adoramos porque algo aconteceu,
algo nos foi revelado, e não o contrário como pensam
alguns: que é porque adoramos que recebemos a revelação e
as coisas acontecem.
A igreja perde quando não há reverência ou temor, o que
resta é euforia, excitação e sensações prazerosas. O que
é bom em si mesmo, mas não é necessariamente adoração.
É um equivoco pensar que Deus se impressiona com nossos
cultos de domingo. Ao contrário, Ele acolhe muito mais
nossos gestos simples do quotidiano, frutos de um coração
humilde e quebrantado, que busca se desprender de
ambições e serve ao próximo com alegria. Adoração não é
um evento domingueiro bem produzido, mas um estilo de
vida que glorifica ao Senhor.
Durante séculos a arquitetura das igrejas e das catedrais
destinou o balcão posterior para o coro, o órgão e a
orquestra. Na igreja da Reforma os músicos e o coro se
posicionavam na parte da frente da nave, mas sempre ao
lado. Mesmo o púlpito não estava no centro, mas ao lado.
No centro havia, quando muito, alguns símbolos da fé que
ajudam a despertar a consciência para a experiência do
sagrado, com destaque para a mesa do Senhor. Era a
congregação face ao altar de Deus, nada se interpondo
entre a Santa Presença e a congregação. Este lugar só
pode ser ocupado por Jesus Cristo, ele é o único
mediador, ele é o único que pode dirigir o louvor.
Hoje o que se vê é o apóstolo, o bispo, o pastor, o
dirigente de louvor e a banda ocupando este lugar, nos
levando de volta à Antiga Aliança quando sacerdotes e
levitas eram mediadores entre Deus e os homens. A
conseqüência é uma geração de crentes que dependem de
homens, coreografias e data-shows para adorar e para
ouvir a voz de Deus.
O verdadeiro pastoreio consiste em ajudar homens e
mulheres a dependerem do Espírito Santo para seguirem a
Cristo que os leva ao seio do Pai. Ajudar homens e
mulheres a crescerem e amadurecerem na fé, na esperança e
no amor, integrando adoração, oração e leitura das
Escrituras no seu quotidiano.
A contextualização se tornou uma armadilha na qual a
igreja caiu, na sua tentativa de se identificar com o
mundo ela ficou cada vez mais parecida com mundo. A
cultura gospel é auto centrada, materialista, se acha
dona da verdade, tornou-se uma religião que nos faz
prosperar, que não nos pede para renunciar a nada e que
resolve todos nossos problemas. Há um abismo colossal
entre a cultura gospel e o Evangelho de Jesus Cristo, que
nos chama a amar sacrificialmente o nosso próximo, a
cultivar um estilo de vida simples, a integrar o
sofrimento na experiência existencial e a ter a humildade
de ser um eterno aprendiz.
Estas reflexões já estavam fervilhando no meu coração há
algum tempo. Pensei que estas coisas só aconteciam em
certas igrejas, mas o que me motivou mesmo a colocá-las
no papel, foi ter participado de um culto numa igreja
Batista da Convenção.
Osmar Ludovico da Silva

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

O cuidado de Deus.





VERSÍCULO:
Ele o cobrirá com as suas penas, e sob as suas asas você encontrará refúgio; a fidelidade dele será o seu escudo protetor. (Salmo 91:4)

PENSAMENTO:

A vida é cheia de muitas incertezas. Você nunca sabe quando algo
inesperado vai acontecer. Você não tem idéia quando o próximo
desastre vai acontecer. Num mundo cheio de ódio e terrorismo,
nenhum de nós tem idéia quando a próxima atrocidade acontecerá.
Então, o que fazemos quando não podemos ter certeza das nossas
circunstâncias? Nós nos abrigamos sob a asa do Único que está acima
de todas as circunstâncias! Nossa segurança está no nosso Pai que
prometeu nos abraçar não importa o que possa acontecer hoje... no
nosso mundo... e aos nossos corpos. Nossas vidas estão protegidas
por nosso Pai porque estamos ligados a Cristo. Ele é nosso refúgio!
Suas asas são nosso abrigo!

ORAÇÃO:

Pai, quais palavras posso oferecer que sejam suficientes para
Lhe agradecer e louvar pela libertação que é maior que a morte? O
Senhor é o Alfa e o Ômega. O Senhor é o Deus que era e é e há de
ser. O Senhor é meu Aba Pai, que me adotou e me fez seu. Eu coloco
minha confiança, minha esperança e meu futuro no Senhor e não
temerei. Eu encontro meu refúgio sob suas asas! Todo louvor ao
Senhor no nome de Jesus.

Amém.

Pastor Eg-Lom de Moraes

terça-feira, 23 de outubro de 2007

As portas estão se abrindo!

Não havia me ocorrido ainda, que o esporte com a força e o alcance que tem, pode servir e muito para a entrada da palavra de Cristo na China, através dos Jogos Olimpicos de 2008.

Esta notícia do Portal TERRA, me deu essa visão.


Temos que orar muito para que Deus permita que pessoas sejam usadas para entrar naquele país tão difícil, levando Bíblia e a Palavra de Salvação.

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Segunda, 15 de outubro de 2007, 15h55

Pequim 2008 garante permissão de Bíblias a atletas

O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Pequim-2008 afirmou nesta segunda-feira que atletas e membros das delegações poderão levar Bíblias à Vila Olímpica, desmentindo os rumores sobre uma suposta proibição divulgados pelo jornal italiano La Gazzetta dello Sport.

"A informação é falsa. Teremos um centro de serviços religiosos na Vila Olímpica", disse uma porta-voz do órgão. Ainda segundo o comitê, não haverá proibições a Bíblias ou outros livros religiosos nos apartamentos dos atletas, e o jornal italiano não entrou em contato com eles para escrever a notícia.

Na última sexta, a jornal italiano disse que a China proibiria a Bíblia na Vila Olímpica "por razões de segurança", e inclusive vetaria que os atletas levassem qualquer tipo de símbolo religioso. "Tentaremos entrar em contato com o jornal", disse o representante do comitê.

Em março, o presidente da Igreja Católica Patriótica chinesa recomendou que o comitê forneça Bíblias a seus hóspedes durante os Jogos Olímpicos de 2008, ajudando assim a esclarecer os "mal-entendidos" sobre a política religiosa na China.

"Muitos atletas e turistas estrangeiros lotarão Pequim durante os Jogos, a maioria deles com crenças religiosas. Oferecer Bíblias nos hotéis atenderá às suas necessidades", assegurou Liu, líder dos católicos oficiais chineses, que não reconhecem o poder do Papa.

Dentro de sua "limpeza" com vistas aos Jogos Olímpicos, Pequim quer acabar com as críticas generalizadas sobre a falta de liberdade religiosa no país e não se cansou de repetir que este direito está na Constituição, sempre que não viole as leis e que trate de crenças aprovadas pelo governo.

No entanto, organizações de defesa dos direitos humanos apontam a perseguição a algumas organizações religiosas como o grupo budista Falun Gong, os católicos clandestinos que reconhecem o Vaticano e outras seitas cristãs.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Fazendo Reserva Na Caravana

"...eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia
da salvação" (2 coríntios 6:2).

"Se você deseja ir para o Céu, levante-se!" disse o pastor à
sua Congregação. Todos os presentes se levantaram ao mesmo
tempo, exceto um homem que estava sentado no banco da
frente. "Você está me dizendo que não quer ir para o Céu?"
perguntou espantado o pastor. "Quando eu morrer eu quero
sim," respondeu o homem. "Mas eu pensei que você estivesse
formando uma caravana agora mesmo."

Esta é uma anedota muito antiga, e ao deparar-me com o
texto, novamente, fiquei refletindo sobre a séria verdade
que ele apresenta.

Muitas pessoas julgam que este é um assunto para ser pensado
e decidido após a morte, mas, depois de morrer ninguém
poderá escolher ir ou não para o Céu. Se desejamos viver
para sempre com o Senhor e se almejamos desfrutar de Suas
bênçãos maravilhosas, é necessário que reservemos nossa vaga
agora mesmo.

A caminhada em direção ao Céu começa quando viramos as
costas para o mundo e o pecado e passamos a olhar somente
para Jesus, nosso Senhor e Salvador, o único Caminho para a
eternidade com Deus. Muitas coisas devem ser abandonadas
durante esta caminhada: o rancor, as intrigas, os mexericos,
a desonestidade, a mentira e muitos outros fardos que
certamente nos impedirão de passar pela porta estreita de
entrada para o Céu de glória. Em substituição a estes
empecilhos, podemos levar o amor, a misericórdia, a bondade,
a verdade e tudo o mais que alegra o coração do Senhor e
servem de recomendação para aqueles que pretendem chegar à
presença do Pai.

Você deseja ir para o Céu? Não espere pela morte -- reserve
agora mesmo sua vaga na caravana.

Pr. Paulo Roberto Barbosa

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Metades - Oswaldo Montenegro

..."Digo-vos que, se estes se calarem, as próprias pedras clamarão. Lucas 19:40"
Enquanto muitos dos que se dizem cristãos, estão calados, as pedras estão clamando.

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Metade (Oswaldo Montenegro)

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca;
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão...

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para faze-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também.



quinta-feira, 11 de outubro de 2007

O Que Você Tem?




"Então eles lhe disseram: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes" (Mateus 14:17).

"O menino deu todo o seu almoço para o Mestre,
possibilitando que mais de cinco mil fossem alimentados,"
disse Renata às outras crianças da classe de Escola Bíblica.
"E porque Ele abençoou o alimento, houve o suficiente para
todo mundo." "E o que você acha que teria acontecido,"
perguntou o professor da classe, "se o menino dissesse que
não poderia dar seu lanche porque o que tinha dava só para
ele?" Renata pensou um pouco e respondeu: "Ele teria comido
e se saciado e não haveria nada para os demais." (Moody)
Quantas vezes agimos da mesma forma? Preocupamo-nos com
nossos interesses e o que nos importa é estar satisfeitos
com o nosso bem-estar, indiferentes às necessidades de nosso
próximo. Se está bom para nós... não interessa mais nada!
O egoísmo pode até nos satisfazer por um pouco de tempo, mas
certamente não trará a felicidade que tanto buscamos. O
prazer experimentado logo passará, e persistirá o vazio e a
sensação de inutilidade.
De que adianta buscar o amor se o propósito não for
compartilhá-lo? De que nos servirá a alegria se ela não
contagiar o ambiente em que vivemos? O regozijo
proporcionado pelo sorriso de uma pessoa agradecida a quem
estendemos a mão não pode ser comprado por dinheiro algum
deste mundo.
Quando Jesus alimentou aos milhares no deserto, todos
ficaram satisfeitos e felizes. Mas, sem dúvida, o mais feliz
de todos foi o menino que ofereceu seu almoço. Assim será
conosco, quando entregarmos tudo o que temos, seja pouco ou
muito, para Deus usar e abençoar a todos que estão ao nosso
redor. Muitas vezes pensamos que não temos nada a oferecer
diante de uma grande necessidade, mas se confiarmos em Deus,
até o quase nada poderá ser suficiente para operar grandes
milagres, como aconteceu no deserto no tempo dos apóstolos.
O que você tem? Será que Jesus pode usar para abençoar a
muitos?
Pr. Paulo Roberto Barbosa

terça-feira, 9 de outubro de 2007

IMPORTA QUE NOS APEGUEMOS

Estes têm sido tempos de apostasia na terra. Conforme a Bíblia, o amor de muitos tem se esfriado, sido egoísta e mostram desprezo ao que vem de Deus. E, para nossa preocupação, esta apostasia tem penetrado o coração de quem crê no evangelho. Apostasia é um estado de quem abandona voluntária ou publicamente a fé cristã ou que se afasta de Jesus. Estas pessoas podem estar sentadas num banco de igreja, mas separados de Deus. Uma nuvem traz objetivos para nossas vidas com o propósito de romper nossa comunhão com Deus e nos frustrar. Esta nuvem quer plantar uma semente de dúvida. Por isso precisamos estar sempre em espírito de vigília.

Uma mobilização nos céus começa a acontecer
Deus levanta pessoas que são atraídas pela sua presença e que estão impactando o mundo. Há propósitos de Deus para a tua passagem na terra e a salvação não é o fim. Deus não te mata na hora em que você o aceita, a não ser que seja num último suspiro pela sua misericórdia. Deus salva com propósito. Leva um tempo pra Jesus te chamar; enquanto isso, você tem de trabalhar.

Uma mobilização nas trevas vai se formando
Você descobriu a sua missão — cumprir os planos de Deus. Mas as trevas também enxergam isso. Reunimos-nos recentemente num congresso de batalha espiritual contra as obras das trevas. Imaginamos que o inferno deve se reunir também contra as obras da luz, tentando nos desacreditar dos planos de Deus. O que mais nos assusta é que estas investidas malignas estão dando certo.

Hebreus 2:1-4
Hebreus é uma carta que desconhecemos o autor, mas sabemos que foi escrita aos cristãos judeus ou hebreus, que se sentiam atraídos a abandonar o evangelho, devido a perseguição. Uma carta que fala a cristãos que perceberam que o ritmo da jornada não é tão calmo e querem ajuda para reconhecer as armadilhas. Que nos incentiva a dizer que não queremos ser encontrados entre os que retrocederam.

Neste texto entendemos que temos a salvação, que nos foi anunciada por milagres e prodígios. Vivemos milagres verdadeiros, mas corremos o risco de negligenciar a salvação; e, se não queremos nos desviar, precisamos nos apegar com mais firmeza às verdades ouvidas. Nosso papel é ficar atento à mensagem que Deus tem para nós. Se não valorizarmos esta salvação, as nossas prioridades serão invertidas e Deus passa a não ser mais o número um.

A negligência traz cegueira
Uma espécie de caramujo nos EUA, que vive em cavernas, tem dois pontos negros na cabeça que, segundo biólogos, um dia foram olhos que funcionaram, mas que hoje não funcionam mais. Detalhe: no passado este caramujo era uma espécie multicolorida e, por fugir da luz, ficou preto e branco, além de cego. Aqui encontramos uma lição: Se vamos para um lugar escuro, que nos parece seguro, começamos a não enxergar o que, por fé, Deus nos tem mostrado. Deus nos dá dons e espera que os usemos para levar aos que precisam. Se nos escondermos em uma caverna e não usarmos nossos dons perdemos, pois não os precisamos dentro dela. Devemos exercitar nossa vida espiritual, se assim a esperamos ter.

A negligência impede o crescimento
Se olharmos para a natureza ela precisa de água e adubo para sobreviver. Em Provérbios 24:30-34 Salomão diz que aquele que for negligente, verá que o seu jardim não sai de uma condição de derrota. Se virmos ruínas em nossas vidas, talvez seja porque tenhamos negligenciado. Neste caso, não adianta procurarmos demônio que não iremos encontrar.

Há um tipo de caranguejo que vive na fenda das rochas e é atingido por ondas. Ele guerreia para sobreviver e desenvolve uma carcaça forte. Mas, em busca de segurança, alguns passam a morar em conchas, longe da batalha. Ele começa a ficar imóvel, perde partes do seu corpo e se sair dali poderá ser atacado por predadores. E sua razão por estar ali é simplesmente viver, enquanto os outros ficam fortes e robustos, passando por qualquer dificuldade. Esta é outra lição: quanto maior a chamada, mais viramos alvo do inimigo. E, se não soubermos como nos defender, alguns sentimentos nos vêm à cabeça como se algo com Deus fosse artificial.

Se nos apegarmos, a nossa alma prosperará. E se isso não acontecer, nos sentiremos mais fracos do que alguém que não conheceu a Deus. Deus é a nossa fonte e nada se compara ao que Ele nos tem preparado. Não seja encontrado no meio daqueles que apostataram e, sim, por aqueles que passam por vales e são servidos por anjos e recebem um azeite novo. Nosso pai nos ama, nos cura e tem sempre um caminho em meio a tribulação. Ele não desistiu de nós e por isso não vamos ser encontrados no meio daqueles que retrocederam por terem desistido de suas promessas!

Deus abençoe!

Ap. Rina

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Graças a Deus.

Graças a Deus, Deus não é tonto como os religiosos,
Ele não gasta sua preciosa eternidade com picuinhas.

Graças a Deus, Deus não é chato como os sacerdotes,
Ele não precisa meter medo para a gente prestar atenção nele.

Graças a Deus, Deus não é ruim como os guardiões do templo,
Ele não abate os menos capazes por pura perversidade.

Graças a Deus, Deus não se deixou prender pelos teólogos,
Ele gosta de ser chamado de Misericordioso e Compassivo.

Soli Deo Gloria.
Ricardo Gondim

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Minha fé não é aquilo em que acredito

A distinção mais útil que encontrei nesta caminhada foi a que estabeleceu Jacques Ellul entre fé e crença. Crença é aquilo que professamos acreditar; é o contéudo doutrinário peculiar à nossa facção religiosa, expresso com palavras muito bem escolhidas em nossas declarações de fé. Não há, por outro lado, conjunto de palavras suficiente para definir adequadamente a fé. Nossas crenças são passíveis de exposição, mas nossa fé é questão pessoal – seu conteúdo é o mistério tremendo, a tensão superficial entre eu e o universo, entre eu e o desconhecido, entre eu e o futuro, entre eu e a morte, entre eu e o outro, entre eu e Deus.

Os religiosos de todas as estirpes vivem em geral muito mais preocupados com as filigranas da crença do que com a vivência da fé – e posso dizê-lo por experiência própria. As divisões que fazemos questão de estabelecer entre a nossa e as demais facções da cristandade, e entre a cristandade e as outras heranças religiosas, estão fundamentados, naturalmente, em diferenças de crença. Às vezes dizemos que diante de Deus o desafio da fé é o mesmo para todos, mas agimos claramente como se nossa identidade de cristãos e de seres humanos fosse adequadamente definida pelo teor de nossas crenças. Sentimo-nos devidamente legitimados, devidamente representados, pela felicidade de pertencermos ao grupo ou denominação que professa (ao contrário, naturalmente, de todas os outros grupos ou denominações) a crença mais pura, destilada e correta. Fingimos que nos dobramos diante de Deus e de seu Cristo, mas nosso cristianismo é ortodoxolatria.

“A fé”, explica Ellul, “isola o indivíduo; a crença, (qualquer que seja, inclusive a cristã) ajunta pessoas. Na crença nos vemos unidos a outros na mesma corrente institucional, todos orientados em direção ao mesmo objeto de crença, compartilhando das mesmas idéias, seguindo os mesmos rituais, arrolados na mesma organização, falando o mesmo dialeto.”

Diante disso, sinto-me cada vez menos inclinado a responder aos que perguntam em que acredito, ou aos que levantam-se em indignação quando ouvem a temerária confissão de alguma crença minha (”O quê? O Brabo acredita na evolução?” “O quê? O Brabo não condena a fé dos católicos?” “O quê? O Brabo crê que igreja bem-sucedida é a que fecha as portas?” “O quê? O Brabo acredita em [inserir crença arbitrária aqui]”). Sinto-me cada vez menos motivado a responder aos que perguntam sobre minha tradição religiosa, a qual denominação pertenço, se faço parte de alguma igreja, se endosso determinado autor ou se fico devidamente escandalizado diante de determinada barbárie doutrinária.

Não devo iludir a mim mesmo ou a quem quer que seja dando a impressão de que resta algo de importância na vida espiritual (ou na vida) que não seja a fé, e – minha gente – minha fé não é aquilo em que acredito. Minha fé não está naquilo em que acredito, e nem poderia estar. Minha fé não é adequadamente expressa por aquilo em que acredito, e nem poderia ser.

Em primeiro lugar, porque minhas crenças mudam, mesclam-se e transformam-se constantemente. Minhas crenças nascem, reproduzem-se e morrem num plano totalmente independente do desafio que está na fé. Em segundo lugar porque, como lembra Ellul, “toda crença é um obstáculo à fé. As crenças atrapalham porque satisfazem a nossa necessidade de religião”. Quem pergunta aquilo em que acredito está tentando estabelecer comigo a mais rasteira das conexões; está querendo legitimar a sua crença a partir da minha, e isso não tem como ser saudável para ninguém.

Quem se abraça dessa forma à crença está buscando, evidentemente, o conforto do terreno conhecido e palmilhado. “A crença é confortadora”, observa Ellul. “A pessoa que vive no mundo da crença sente-se segura”. A fé, por outro lado, é coisa terrível, a que ninguém em são juízo deveria aspirar. A fé deixa-me sozinho com um Deus que pode não estar lá. A fé convida-me a um grau de liberdade que posso não ter o desejo de experimentar. A fé quer tirar-me da zona de conforto da crença e levar-me para regiões de mim mesmo e dos outros aonde não quero ir. A fé pressupõe a dúvida, a crença exclui a dúvida. A crença explica sensatamente aquilo em que acredito, a fé exige loucamente que eu prove.

Nossas crenças são âncoras de legitimação, que nos mantém seguros no lugar mas nos impedem de seguir adiante – o que, convenhamos, é muito conveniente. Quem iria em sã consciência escolher abandonar o abraço confirmatório da crença comum e dar um passo em direção à vertigem da fé, ao desafio de tornar-se um indivíduo separado, distinto e singular (numa palavra, santo) diante de Deus? Queremos voltar para o Egito, onde havia cebolas; não suportamos o desafio constante, sempre iminente, sempre exigente, do deserto.

Não tenho como recomendar a crença; sua única façanha é nos reunir em agremiações, cada uma crendo-se mais notável do que a outra e chamando o seu próprio ambiente corporativo de espiritualidade. Não tenho como endossar a crença; não devo dar a entender que a espiritualidade pode ser adequadamente transmitida através de argumentos e explicações. Não devo buscar o conforto da crença; o Mestre tremeu de pavor e não tinha onde reclinar a cabeça.

Não devo ouvir quem pede a tabulação da minha crença; minha fé não é aquilo em que acredito.
Nunca deixa de me surpreender que para o cristianismo Deus não enviou para nos salvar um apanhado de recomendações ou uma lista suficiente de crenças, mas uma pessoa. Minha espiritualidade não deve ser vivida ou expressa de forma menos revolucionária. Não pergunte em que acredito. Mande um email, pegue uma condução, venha até minha casa, tome um café na minha mesa e aceite o meu abraço. Não devo esperar ato maior de fé, e não tenho fé maior para oferecer.

Paulo Brabo

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Com O Coração Juntinho A Deus

"Este povo honra-me com os lábios; o seu coração, porém,
está longe de mim" (Mateus 15:8).

"Se eu quisesse descobrir se um homem é um cristão, eu não
iria procurar seu ministro. Eu iria e perguntaria à sua
esposa. Se um homem não trata bem a sua esposa, eu não quero
ouvi-lo falar de cristianismo. De que adianta falar de
salvação para a próxima vida se ele não tem salvação para
esta. Nós queremos um cristianismo que entre diariamente em
nossas vidas e casas." (Dwight L. Moody)

O que tem significado o cristianismo em nossas vidas? Alguma
coisa que aprendemos da Palavra ou do sermão no final de
semana ou uma prática de vida que foi moldada pelo poder do
Espírito Santo de Deus? Tem sido alguns versículos decorados
na última leitura da Bíblia para recitarmos no trabalho ou
na Faculdade para os colegas ou um sentimento de que é o
verdadeiro fundamento para uma vida abundante e feliz?

Não tem nenhum valor o conhecimento de textos santos ou
mesmo a eloquência nas reuniões evangelísticas se não
houver, por trás, uma vida santa e de oração, um desejo
ardente de louvar e glorificar o nome do Senhor, um prazer
de estar vivendo à sombra do altar de Deus.

Um homem ou uma mulher que sai a pregar a Palavra de Deus,
mas que continua com as mesmas práticas do passado, quando
não tinha qualquer compromisso com o Senhor Jesus Cristo,
que tem um relacionamento ruim em casa, tanto no trato entre
o casal como no cuidado com os filhos, pode até parecer ser
um cristão verdadeiro, mas engana apenas a si mesmo e nunca
ao Senhor da glória que tudo sabe e tudo vê.

Que a nossa vida cristã seja reconhecida tanto no falar como
no agir e que o nosso coração esteja o mais próximo possível
de Deus, na igreja, no trabalho, no local de estudo e no
interior de nosso lar. Que a nossa família, unida, possa
sempre dizer sem qualquer hipocrisia: "Eu e a minha casa
servimos ao Senhor."
Pr. Paulo Roberto Barbosa

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Dúvidas, dúvidas e mais dúvidas.


A dúvida não só faz parte da vida, como faz bem ao viver. Desde que através das dúvidas, dos questionamentos, das incertezas, nós não nos afastemos de Deus, mas sim o contrário, que as dúvidas possam nos levar ainda mais a procurar Deus, a questionar Deus, a conhecer Deus.

Fiquem na Paz.
Evandro
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Fico abismado com a insinceridade de quem jura não ter dúvida alguma. Senti um bruto alívio quando espalharam que Madre Teresa de Calcutá conviveu com várias suspeitas sobre Deus e sobre o mundo espiritual.

Que privilégio perceber-me seu companheiro! Eu também hesito quando encaro o mistério da Divindade, os porquês do sofrimento humano, a morte, e tantas outras questões.

Aliás, sem pretensões vaidosas, Madre Teresa e eu não estamos sozinhos em nossas inquietações.

Davi balançou em diversas ocasiões. Quando assediado pela dor, clamou: “Senhor, por que estás tão longe? Por que te escondes em tempos de angústia? (Salmos 10.1).

Isaías titubeou por não conseguir entender o jeito como Deus tratava seu povo: “Senhor, por que nos fazes andar longe dos teus caminhos e endureces o nosso coração para não termos temor de ti? Volta, por amor dos teus servos, por amor das tribos que são a tua herança!" (Isaías 63.17.

Elias foi o mais ousado profeta da Bíblia hebraica. Desgastado pelo confronto com os profetas de Baal, escondeu-se numa caverna e passou a vitimar-se: “Tenho sido muito zeloso pelo SENHOR, o Deus dos Exércitos. Os israelitas rejeitaram a tua aliança, quebraram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada. Sou o único que sobrou, e agora também estão procurando matar-me” (1Reis 19.10).

João Batista balançou sobre sua própria mensagem, mesmo depois de ter anunciado que Jesus era “O cordeiro de Deus”: “És tu aquele que haveria de vir ou devemos esperar algum outro?” (Lucas 7.20).

Depois da ressurreição, os discípulos conviveram com Jesus por quarenta dias. Aparentemente, esse tempo não bastou para dar-lhes uma fé inabalável. Na hora derradeira, antes de Jesus subir ao céu, eles ainda não estavam persuadidos de sua mensagem e de seu projeto. “Quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram” (Mateus 28.17).

Portanto, cismar não é estranho aos crentes. Madre Teresa não sofre nenhum desdouro por expressar sua fragilidade espiritual, pelo contrário, suas inquietações só lhe engrandecem.

Madre Teresa foi uma mulher que lidou com a indigência mais absurda, com a miséria mais absoluta. Como fitar seres humanos numa situação de extrema penúria e não se abalar?

A aflição humana continua um mistério sem resposta. Por que Deus permite que em Calcutá pessoas vivam em condições mais degradantes do que os porcos de uma favela? Caso Madre Teresa tratasse sua missão profissionalmente, bastaria responder com um chavão fundamentalista.

Madre Teresa era frágil. Embora fosse uma batalhadora incansável, totalmente dedicada ao que fazia, agoniava-se como qualquer mortal; jamais tentou passar por imbatível.

É triste constatar que o mundo atual tenta fabricar super-heróis, pretensos semideuses, todos falsos e forjados pela cultura do narcisismo.

Madre Teresa foi apenas uma mulher que persistiu em sua obstinação de servir a Deus, mesmo assaltada por perplexidades. Isso só a torna mais digna. Caso trabalhasse movida por certezas, sua determinação seria menos honrosa.

Ao continuar debilitada pela dúvida, ela acançou a bem-aventurança que só pertece aos sinceros. Jesus ensinou a Tomé que quem vê e crê é feliz, mas, completou: “muito mais ditosos são os que não vêem e crêem” (João 20.29). Madre Teresa creu sem ver.

Graças a Deus porque, mesmo depois de morta, o testemunho dessa mulher ainda fala: ninguém precisa esconder suas inquietações, somos amados de Deus mesmo com falta de fé - "Senhor, ajuda-me em minha incredulidade" (Marcos 9.24).
Soli Deo Gloria.

Ricardo Gondim.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Sangue bom

Neste sábado que passou, 08 de Setembro, colocamos em prática um pouco do texto de 1João 3:16.
Um pequeno, mas importante grupo de jovens da Ig Batista Betel, foi ao Hospital Estadual Mario Covas em Santo André, doar sangue.

Uma experiência singela mas com bastante amor e que com certeza ajudará várias pessoas.

Esperamos poder ajudar ainda mais, crescer em nossos trabalhos missionários e compromisso como Cristãos que somos, de sempre buscar colocar em prática a maior de todas as ordenanças, que é de amar ao próximo.

Fiquem na PAZ!

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Sangue bom




Faça o que um dia Jesus fez por você, doe vida, doe sangue.

Sábado, 8 de Setembro Jovens da Igreja Batista Betel irão
doar sangue e evangelizar no Hospital Brasil em Santo André.

Convide amigos, participe!

Nos encontraremos às 8:30h na IB Betel,
Rua Xingú 713, Valparaíso (Travessa da Rua Atlantida) - Santo André

"Conhecemos o amor nisto: que Ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos." 1João3:16


segunda-feira, 3 de setembro de 2007

NAS PROFUNDEZAS DO MAR

São lançados nossos pecados confessados com arrependimento sincero.
É assim que a Bíblia se refere ao fato de Deus apagar com o perdão
proveniente do sangue de Cristo os pecados do crente.

Há um livro "o Peregrino" que descreve como um cristão, após percorrer
várias estradas trazendo às costas um enorme fardo, do qual procura
livrar-se, chega ao pé da Cruz de Cristo e vê, feliz, o fardo se desprender,
deixando-o aliviado. O que é apresentado no livro acontece na vida
de todo crente sincero: os pecados, os traumas, as perdas, adversidade,
estresses são retirados e lançados, pela fé, na cruz de Jesus Cristo e
“o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo o pecado”
(I João 1 : 7).

Não é raro encontrarmos cristãos vivendo situações de pressão sob
um peso que parece sufocante. São problemas de várias espécies:
financeiros, morais, conjugais ou familiares, físicos ou de saúde,
espirituais, etc...Parece que quanto mais se procura uma solução,
mais os problemas se agigantam, como ondas enormes no encapelado
mar da vida.

Em circunstâncias tais devemos lembrar-nos da palavra do apóstolo:
"Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado
de vós". (I Pedro 5:7).

Sozinhos, jamais poderemos suportar. É preciso que reconheçamos
nossas limitações e fraquezas e, ao vir tormento, lancemos-nos, qual
criança indefesa, nos braços de nosso Pai Celestial.

"Olhai para as aves do Céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam,
em celeiros; e vosso Pai Celestial as alimenta; Não valeis vós muito
mais do que elas? Porque vosso Pai Celestial sabe que precisais de
tudo isso!" (Mateus 6:26 e 32b)

Pr. Mário Pereira da Silva

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Apenas Diversão?

"Tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo
propósito debaixo do céu" (Eclesiastes 3:1).

Um menino pescava junto a um rio quando um grupo de outros
meninos, adolescentes, chegou com varas, molinetes e iscas
especiais. Logo que chegaram, entraram na água,
refrescaram-se, empurraram um ao outro, riram muito e
lançaram suas linhas de pescar, rebobinando e lançando
novamente várias vezes, mas não conseguiram pegar nada. O
menino, sentado com sua vara de pescar preparada de um galho
de árvore, a tudo assistia com atenção. De vez em quando ele
fisgava um peixe. Um dos outros meninos, finalmente,
perguntou: "Como você consegue isto? Nós temos iscas
especiais e não conseguimos pescar nenhum peixe!" O menino,
levantando os olhos, respondeu: "eu estou pescando porque
preciso do peixe. Vocês estão apenas brincando."

Quem sabe esteja faltando um pouco mais de concentração e
seriedade em nosso trabalho de evangelização. O Senhor nos
comissionou a "ir e pregar o Evangelho" e esta deve ser a
prioridade de nossas vidas espirituais. Orar e testemunhar,
orar e pregar a Palavra, orar e colocar a vida à disposição
de Deus. Muitos perdidos e sem esperanças estão aguardando o
nosso trabalho para que, encontrados e salvos, vivam a vida
abundante e eterna que o Senhor prometeu a todos que o
recebem no coração.

Às vezes vamos à igreja para encontrar com um amigo ou com a
namorada. Cantamos no grupo de louvor porque gostamos de
música e é só isso que nos interessa. Após aquele período,
deixamos disfarçadamente o templo e vamos bater papo no
corredor ou no estacionamento. Saímos para distribuir
folhetos da mesma forma que sairíamos para um passeio na
praia, no cinema ou em uma fazenda. A nossa vida espiritual
não passa de simples divertimento!

É claro que precisamos de tempo para nos alegrar com a
família e com os amigos, mas isso tem a hora própria. O
trabalho cristão deve ser feito com determinação e
dedicação. A salvação dos perdidos é o que nos importa
naquele momento e, se não levarmos a sério o nosso trabalho,
muitos poderão perecer sem Cristo.

Dedique-se com fervor ao serviço do Senhor. A alegria será
muito maior.

Pr. Paulo Roberto Barbosa

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Perdão

Quero pedir perdão,

A você, mulher, que foi abandonada por seu marido e eu não soube acolher. Minha indiferença à sua dor, muitas vezes em nome de uma programação, dói como uma flechada.

A você, adolescente, que tratei com a mesma rigidez legalista que me foi imposta. Eu acreditava que ela representava a legítima moral cristã. Agora vejo como gerei neuroses. Lamento por ter-lhe imposto um jugo que não carreguei quando tinha a sua idade.

A você, amigo, que me esqueci de agradecer por sua lealdade. Prezo por sua companhia, porém, reconheço que me atrasei em valorizar seu abraço sincero. Empolguei-me com quem eu considerava talentoso e útil e me esqueci de você, que nunca se impôs com suas competências, mas mostrou qualidades divinas.

A você, senhor, que na tribulação precisou de uma palavra humana. Eu só lhe lhe falei chavões. Em sua doença, agi como um dos amigos de Jó e fui indiferente em sua falência. Sua angústia não me inquietou e eu não me comovi com seu desespero. Perdoe-me!

A você, que constrangi com os meandros da insensatez humana. Negligente, permiti que questiúnculas religiosas vazassem para a arena pública; sei que estive no meio dos escândalos e isso não faz bem a minha alma.

Ao meu Deus, por não ter conseguido manter-me altaneiro em minhas atitudes. Eu não soube mostrar a mesma fidalguia de Jesus, a quem professo como Senhor de minha vida.

Resta afirmar que venho tentando ser melhor marido, pai, avô, cidadão, amigo e irmão; e que prometo não desistir tão cedo da tarefa de tornar-me um pouco parecido com meu Mestre.

Soli Deo Gloria.

Ricardo Gondim.

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A maioria de nós não é pastor, mas temos as mesmas responsabilidades como Cristão que somos.

Faço minhas muitas palavras escritas pelo Gondim. Peço perdão a todos que queriam um pouco de atenção e eu no meu egoismo não pude ajudar, peço perdão a todos os que julguei como quem julga o livro pela capa, peço perdão por não ter falado de Cristo quando tive oportunidades e agora pode ser tarde, peço perdão por não tratar bem um mendigo que chega na igreja...

Ser Cristão é muito mais do que ir na igreja aos finais de semana. Pense nisso!

Evandro

Donos de dons.

Tudo é dom; tudo renasce com gratuidade; nada se explica pela necessidade. Os olhos que seguem o girassol; o amor que constrói o Taj Mahal; a mão que dobra a carta, sem saber celebram o Poeta.

Tudo é dom, tudo acontece na liberdade; nada se adensa por imposição. O sim que recusa o não, o atalho que nega a estrada, o significado de também admirar com um “muito bom”, mostram a filiação.

Tudo é dom, tudo é convite à aventura; nada se restringe no destino. O imprevisto da incerteza e a emoção de dançar na beira do abismo fazem todos repetir: “a vida é bonita e é bonita”.

Tudo é dom, tudo se integra; nada pode ser esquecido. As lágrimas que brotam por pura rebeldia, as navalhadas, o gosto amargo do fel, compõem o material da mais doce poesia. Não exise poeta sem agonia. A fé brota da dúvida e o descanso carece da fadiga.

Tudo é dom, tudo morre; nada permanece. O tempo não existe; ele é só o passar do próprio tempo, cruel e impessoal. As tardes que se esgarçam, as noites que se calam e as madrugadas que se levantam, não respeitam monarcas e vassalos, santos e pecadores. Vivem os que sabem adestrar o dobrar do sino em cada hora cheia.

Soli Deo Gloria.

Ricardo Gondim

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

CARONAS Religiosos

"Ora, tudo faço por causa do evangelho, para dele tornar-me
co-participante" (1 Coríntios 9:23).

A frequência da igreja está comprometida com a lealdade
condicional de um exército de caronas que, em vez de
produzir edificação para todo o corpo, acaba gerando um
mal-estar que prejudica a adoração e o crescimento do
trabalho de Deus. O dedo polegar do carona significa: "Você
compra o carro, paga pelos consertos, pela manutenção, pelo
seguro, enche o tanque de gasolina -- e eu viajarei com
você. Mas se houver um acidente, o problema é seu e,
provavelmente, eu lhe processarei."

O mesmo acontece com a crença de muitos que frequentam
igrejas: "Vá você para as reuniões e ajude na realização dos
programas e eventos, procure saber sobre as necessidades,
faça o trabalho e pague as contas necessárias -- eu irei até
lá no final de semana para passear. Mas, se tudo que for
feito não me agradar, eu criticarei e reclamarei e,
provavelmente, sairei da igreja. Meu dedo polegar estará
sempre livre para buscar um passeio melhor."

Será que nós também não estamos incluídos no grupo dos
caronas? Estamos nos oferecendo ao Senhor como soldados do
Seu exército, prontos para fazer a Sua vontade ou
simplesmente temos esperado que outros trabalhem, sustentem
a obra e orem por nós? Compreendemos, pelo nosso próprio
envolvimento constante no trabalho do Senhor, as
dificuldades que muitas vezes aparecem, oramos pelas
soluções e louvamos a Deus pelos resultados ou, apesar de
nada fazermos, criticamos quando as coisas não nos agradam
e, como andarilhos sem rumo, um dia estamos aqui, outro ali
e nunca sabemos para onde vamos?

É preciso que, como filhos de Deus, comprados pelo sangue de
Jesus Cristo, participemos não somente da colheita das
bênçãos, mas também do trabalho de semeá-las para muitos
que, neste mundo, estão necessitando do amparo, direção,
consolo e salvação do Senhor.

Você vai continuar estendendo o dedo polegar buscando carona
na vida espiritual dos irmãos ou vai procurar ser, você
mesmo, uma bênção nas mãos de Deus?
Pr. Paulo Roberto Barbosa

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Carta de um missionário: Malasia e China

"É com muita alegria que volto a lhes escrever para compartilhar as vitórias e os desafios que temos tido aqui na Malásia.

Como compartilhei em cartas anteriores, a Malásia, através do seu governo, tem buscado a cada dia fazer com que este seja um país totalmente mulçumano. Com isso, os governantes não têm poupado esforços para dificultarem a pregação do evangelho ao povo malaio.

O governo malaio tem encontrado dificuldades para impedir o crescimento do povo cristão em Kuala Lumpur, devido àquela ser uma área onde se encontram muitos estrangeiros, por ser o centro do país. No entando, as coisas têm se tornado mais difíceis a cada dia nos estados e bairros fora do centro de Kuala Lumpur.

Neste mês foi aprovado, no estado de Kelantan, que fica ao norte da Malásia, uma lei que condenará a cinco anos de prisão, seis chibatadas com vara de junco e pagamento de multa de três mil dólares, qualquer pessoa que for pega tentando converter um mulçumano a outra religião.

Um segundo passo que este estado deu para tentar manter o estado cem por cento mulçumano foi: qualquer mulçumano homem que casar com uma indiana animista e convertê-la ao islamismo e manter sua família mulçumana, isso incluindo os filhos, ganhará uma casa, um carro, um bônus de dois mil e setecentos dólares e duzentos e setenta dólares por mês. Como vocês podem ver, queridos irmãos, precisamos orar ainda mais para que nosso Deus continue agindo no meio do povo malaio e para que os nossos irmãos em Cristo possam, a cada dia, sinalizar o Reino de deus para estas pessoas que continuam cegas pelo diabo.

Gostaria de terminar esta carta compartilhando mais uma vitória que tive mediante as orações de vocês. Graças ao nosso bondoso Deus, o ministério esportivo da Malásia aprovou meu pedido de visto de trabalho. Com isso, agora as coisas estão mais fáceis para que eu possa, em breve, receber o visto de trabalho. O melhor de tudo, irmãos, é que meu pedido de visto tinha sido de um ano, mais foi aprovado um visto de dois anos. A cada dia tenho sido surpreendido com a fidelidade e misericórdia de Deus em minha vida e ministério.

Amados, muito obrigado por continuarem juntos nesta obra. Espero que nosso Pai continue cuidando cuidando e abençoando muito a vida de vocês.
Pr. Roberto Romão"

E uma outra informação que veio nessa carta foi:

China: um gigante que clama!
A igreja na China recebe de 20.000 a 28.000 novos crentes diariamente. A "igreja subterrânea" cresce a cada dia, mesmo sob o risco de os cristãos serem aprisionados e mortos. A igreja evangélica chinesa é perseguida e extremamente carente de recursos e treinamento.
Na China há 20 milhões de surdos; 10 milhões de abortos são praticados por ano; 300.000 têm AIDS; cerca de um quarto da população é analfabeta; são registrados 40% dos suicídios do mundo.
Mais de 60% dos chineses não têm religião e cerca de 30% seguem o budismo e as religiões locais. Os cristãos são cerca de 6% da população chinesa. Apenas os chineses com mais de 18 anos podem ser evangelizados.
Estima-se que 50 milhões de crentes chineses ainda esperam por sua primeira bíblia. Há crentes que nunca viram uma bíblia.
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E nós, o que temos feito em um país livre como o Brasil ?

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Tribos indígenas ainda praticam o infanticídio

Crimes na floresta

Muitas tribos brasileiras ainda matam crianças
– e a Funai nada faz para impedir o infanticídio


Leonardo Coutinho (Revista Veja)

Fotos Photoon e arquivo pessoal
A índia Hakani, em dois momentos. Ao lado, abraça a mãe adotiva, Márcia, no seu aniversário de 12 anos. Acima, aos 5, em sua tribo: altura e peso de 7 meses

A fotografia acima foi tirada numa festa de aniversário realizada em 7 de julho em Brasília. Para comemorar os seus 12 anos, a menina Hakani pediu a sua mãe adotiva, Márcia Suzuki, que decorasse a mesa do bolo com figuras do desenho animado Happy Feet. O presente de que ela mais gostou foi um boneco de Mano, protagonista do filme. Mano é um pingüim que não sabe cantar, ao contrário de seus companheiros. Em vez de cantar, dança. Por isso, é rejeitado por seus pais. A história de Hakani também traz as marcas de uma rejeição. Nascida em 1995, na tribo dos índios suruuarrás, que vivem semi-isolados no sul do Amazonas, Hakani foi condenada à morte quando completou 2 anos, porque não se desenvolvia no mesmo ritmo das outras crianças. Escalados para ser os carrascos, seus pais prepararam o timbó, um veneno obtido a partir da maceração de um cipó. Mas, em vez de cumprirem a sentença, ingeriram eles mesmos a substância.

O duplo suicídio enfureceu a tribo, que pressionou o irmão mais velho de Hakani, Aruaji, então com 15 anos, a cumprir a tarefa. Ele atacou-a com um porrete. Quando a estava enterrando, ouviu-a chorar. Aruaji abriu a cova e retirou a irmã. Ao ver a cena, Kimaru, um dos avôs, pegou seu arco e flechou a menina entre o ombro e o peito. Tomado de remorso, o velho suruuarrá também se suicidou com timbó. A flechada, no entanto, não foi suficiente para matar a menina. Seus ferimentos foram tratados às escondidas pelo casal de missionários protestantes Márcia e Edson Suzuki, que tentavam evangelizar os suruuarrás. Eles apelaram à tribo para que deixasse Hakani viver. A menina, então, passou a dormir ao relento e comer as sobras que encontrava pelo chão. "Era tratada como um bicho", diz Márcia. Muito fraca, ela já contava 5 anos quando a tribo autorizou os missionários a levá-la para o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, em São Paulo. Com menos de 7 quilos e 69 centímetros, Hakani tinha a compleição de um bebê de 7 meses. Os médicos descobriram que o atraso no seu desenvolvimento se devia ao hipotireoidismo, um distúrbio contornável por meio de remédios.

Marcia Suzuki
Kasiuma e sua filha Tititu: ela convenceu a tribo a tratar a filha hermafrodita, em vez de matá-la

Márcia e Edson Suzuki conseguiram adotar a indiazinha. Graças a seu empenho, o hipotireoidismo foi controlado, mas os maus-tratos e a desnutrição deixaram seqüelas. Aos 12 anos, Hakani mede 1,20 metro, altura equivalente à de uma criança de 7 anos. Como os suruuarrás a ignoravam, só viria a aprender a falar na convivência com os brancos. Ela pronunciou as primeiras palavras aos 8 anos. Hoje, tem problemas de dicção, que tenta superar com a ajuda de uma fonoaudióloga. Um psicólogo recomendou que ela não fosse matriculada na escola enquanto não estivesse emocionalmente apta a enfrentar outras crianças. Hakani foi alfabetizada em casa pela mãe adotiva. Neste ano, o psicólogo autorizou seu ingresso na 2ª série do ensino fundamental.

A história da adoção é um capítulo à parte. Mostra como o relativismo pode ser perverso. Logo que retiraram Hakani da aldeia, os Suzuki solicitaram autorização judicial para adotá-la. O processo ficou cinco anos emperrado na Justiça do Amazonas, porque o antropólogo Marcos Farias de Almeida, do Ministério Público, deu um parecer negativo à adoção. No seu laudo, o antropólogo acusou os missionários de ameaçar a cultura suruuarrá ao impedir o assassinato de Hakani. Disse que semelhante barbaridade era "uma prática cultural repleta de significados".

Ao contrário do que acredita o antropólogo Almeida, os índios da tribo não decidem sempre da mesma forma. Em 2003, a suruuarrá Muwaji deu à luz uma menina, Iganani, com paralisia cerebral. A aldeia exigiu que ela fosse morta. Muwaji negou-se a executá-la e conseguiu que a tribo autorizasse seu tratamento em Manaus. Médicos da capital amazonense concluíram que o melhor seria encaminhar Iganani para Brasília. Antes disso, porém, foi necessário driblar a Fundação Nacional do Índio (Funai). O órgão vetou sua transferência com o argumento de que um índio isolado não poderia viver na civilização. Só voltou atrás quando o caso foi denunciado à imprensa. Agora, Iganani passa três meses por ano em Brasília. Aos 4 anos, consegue caminhar com o auxílio de um andador. Estaria melhor se a Funai permitisse que ela morasse continuamente em Brasília. Há dois anos, os suruuarrás voltaram a enfrentar uma mãe que se recusava a matar a filha hermafrodita, Tititu. A tribo consentiu que a menina fosse tratada por brancos. Em São Paulo, ela passou por uma cirurgia corretora. Sem a anomalia, Tititu foi finalmente aceita pela aldeia.

Fotos Photton

À esquerda, Amalé, sobrevivente de uma tribo que fez pose para a BBC. À direita, a deficiente Iganani com a mãe, Muwaji, que se negou a envenená-la

O infanticídio é comum em determinadas espécies animais. É uma forma de selecionar os mais aptos. Quando têm gêmeos, os sagüis matam um dos filhotes. Chimpanzés e gorilas abandonam as crias defeituosas. Também era uma prática recorrente em civilizações de séculos atrás. Em Esparta, cidade-estado da Grécia antiga que primava pela organização militar de sua sociedade, o infanticídio servia para eliminar aqueles meninos que não renderiam bons soldados. Um dos seus mais brilhantes generais, Leônidas entrou para a história por ter liderado a resistência heróica dos Trezentos de Esparta no desfiladeiro de Termópilas, diante do Exército persa, em 480 a.C. Segundo o historiador Heródoto, Leônidas teria sido salvo do sacrifício apesar de ter um pequeno defeito em um dos dedos da mão porque o sacerdote encarregado da triagem pressentiu o grande futuro que o bebê teria.

Hulton archive/Getty Images
Leônidas, o herói que entrou para a história: em sua Esparta bebês defeituosos eram mortos


Entre os índios brasileiros, o infanticídio foi sendo abolido à medida que se aculturavam. Mas ele resiste, principalmente, em tribos remotas – e com o apoio de antropólogos e a tolerância da Funai. É praticado por, no mínimo, treze etnias nacionais. Um dos poucos levantamentos realizados sobre o assunto é da Fundação Nacional de Saúde. Ele contabilizou as crianças mortas entre 2004 e 2006 apenas pelos ianomâmis: foram 201. Mesmo índios mais próximos dos brancos ainda praticam o infanticídio. Os camaiurás, que vivem em Mato Grosso, adoram exibir o lado mais vistoso de sua cultura. Em 2005, a tribo recebeu dinheiro da BBC para permitir que lutadores de judô e jiu-jítsu disputassem com seus jovens guerreiros a luta huka-huka, parte integrante do ritual do Quarup, em frente às câmeras da TV inglesa. Um ano antes, porém, sem alarde, os camaiurás enterraram vivo o menino Amalé, nascido de uma mãe solteira. Ele foi desenterrado às escondidas por outra índia, que, depois de muita insistência, teve permissão dos chefes da tribo para adotá-lo.

Há três meses, o deputado Henrique Afonso (PT-AC) apresentou um projeto de lei que prevê pena de um ano e seis meses para o "homem branco" que não intervier para salvar crianças indígenas condenadas à morte. O projeto classifica a tolerância ao infanticídio como omissão de socorro e afirma que o argumento de "relativismo cultural" fere o direito à vida, garantido pela Constituição. "O Brasil condena a mutilação genital de mulheres na África, mas permite a violação dos direitos humanos nas aldeias. Aqui, só é crime infanticídio de branco", diz Afonso. Ao longo de três semanas, VEJA esperou por uma declaração da Funai sobre o projeto do deputado e as histórias que aparecem nesta reportagem. A fundação não o fez e não justificou sua omissão. Extra-oficialmente, seus antropólogos apelam para o argumento absurdo da preservação da cultura indígena. A Funai deveria ouvir a índia Débora Tan Huare, que representa 165 etnias na Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira: "Nossa cultura não é estável nem é violência corrigir o que é ruim. Violência é continuar permitindo que crianças sejam mortas".

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E então, vamos deixar esses povos com sua "cultura"e aceitar tais atrocidades?
Ou vamos atender ao chamado de Deus, nosso Pai, para não sermos conformados com o mundo (
Romanos 12:2), mas fazer a diferença que ele precisa ?

O que temos feito com nossa liberdade?