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um dia, o sono me fugira e a insonia, que eu nem sabia existir, me visitara.
não me contive deitado e levantei em busca de socorro.
- pai, num consigo dormir. - choraminguei.
era já tarde para as crianças daquela época.
ele se levantou, olhou com carinho, me levou ao colo e caminhando lentamente de volta a meu quarto, escolheu não dizer nada por enquanto.
depois de me deitar, cobrir e fazer um breve cafuné, se levantou, andou até a cômoda e voltou dizendo, já com um livro nas mãos:
- o sono habita as páginas dos livros. as vezes se esconde logo nas primeiras. as vezes lá pra depois das tantas.
Para minha alegria, naquele dia, se escondeu lá no finzino da aventura.
evandro l! melo
@evandrolmelo
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