Incoerente e contraditória, duas palavras que descrevem minha vida. Não servem para me descrever, descrever o meu eu, mas a minha vida.
Minha vida é algo muito maior do que meu eu, vai além das minhas manias, desejos, atos e atitudes. Vai além daquilo que penso planejar, daquilo que penso dominar.
Eu não me domino, não domino minha vida, tolo fui às vezes que pensei que o fazia.
Minha vida é uma entidade à parte, que segue seus próprios caminhos, braços dados ao destino, que insiste em nunca se revelar antecipadamente. Em casa esquina dobrada, um outro universo de possibilidades, de escolhas (que faço e que não faço), se mostra e percebo que eu não me conheço por inteiro.
Essa vida, dona de si mesma e de mim mesmo. É dela que sou, a ela pertenço e dela não posso exigir nada.
Ela se revela quando e como deseja.
Meu eu', esse tento controlar, esse 'eu' é o que decide o curto (curtíssimo) prazo, o que tenta optar pela escolha certa, as escolhas que a vida oferece.
Quando o eu não opta pela escolha certa ou quando sequer tem a chance de optar, a culpa é do destino. O destino quis assim.
A prova da minha contradição, são meus gostos. O que hoje eu gosto, hoje mesmo, mais tarde eu já não quero mais. O sabor de manga que antes me animava hoje me embrulha o estômago.
O cheiro doce da flor que inspirava pensamentos de amor, hoje dão asco e os pensamentos se vão.
O sabiá que teima em pousar na janela e entoar seu canto às 6 da manhã, dias me anima a levantar e espiá-lo pela frestinha, em outros dias faz de mim sair palavras de maldição ao seu irritante canto.
Ao contrário do que pode parecer, essa contradição não me faz de todo mau. É o que torna minha vida uma nova surpresa a cada passo, é o que me esfria a barriga e me percorre a espinha, dando calafrios de um emocionante medo do desconhecido, do novo.
É assim que 'eu' penso, e penso até que a vida assim queira.
Minha vida é algo muito maior do que meu eu, vai além das minhas manias, desejos, atos e atitudes. Vai além daquilo que penso planejar, daquilo que penso dominar.
Eu não me domino, não domino minha vida, tolo fui às vezes que pensei que o fazia.
Minha vida é uma entidade à parte, que segue seus próprios caminhos, braços dados ao destino, que insiste em nunca se revelar antecipadamente. Em casa esquina dobrada, um outro universo de possibilidades, de escolhas (que faço e que não faço), se mostra e percebo que eu não me conheço por inteiro.
Essa vida, dona de si mesma e de mim mesmo. É dela que sou, a ela pertenço e dela não posso exigir nada.
Ela se revela quando e como deseja.
Meu eu', esse tento controlar, esse 'eu' é o que decide o curto (curtíssimo) prazo, o que tenta optar pela escolha certa, as escolhas que a vida oferece.
Quando o eu não opta pela escolha certa ou quando sequer tem a chance de optar, a culpa é do destino. O destino quis assim.
A prova da minha contradição, são meus gostos. O que hoje eu gosto, hoje mesmo, mais tarde eu já não quero mais. O sabor de manga que antes me animava hoje me embrulha o estômago.
O cheiro doce da flor que inspirava pensamentos de amor, hoje dão asco e os pensamentos se vão.
O sabiá que teima em pousar na janela e entoar seu canto às 6 da manhã, dias me anima a levantar e espiá-lo pela frestinha, em outros dias faz de mim sair palavras de maldição ao seu irritante canto.
Ao contrário do que pode parecer, essa contradição não me faz de todo mau. É o que torna minha vida uma nova surpresa a cada passo, é o que me esfria a barriga e me percorre a espinha, dando calafrios de um emocionante medo do desconhecido, do novo.
É assim que 'eu' penso, e penso até que a vida assim queira.
Evandro L! Melo
Um comentário:
Ev, é muito bom esse texto, mas tive que ler umas 3 vezes para entender, um tanto quanto complexo e filosófico, mas interessante.
Parabéns e até domingo (em falar nisso, ta ficando véio hein mano rsrsrs).
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