quarta-feira, 30 de novembro de 2011

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

a filosofia humanista

Carl Rogers e a filosofia humanista (não confunda com humanismo secular) me encantam. E abaixo, explico (eu não, a Wikipedia) o motivo desse encantamento.

"Há três condições básicas e simultâneas defendidas por Rogers como facilitadoras,no relacionamento entre psicoterapeuta e cliente, para que ocorra a atualização desse núcleo essencialmente positivo existente em cada um de nós. São elas: a consideração positiva incondicional; a empatia e a congruência.
Em linhas gerais, ter consideração positiva incondicional é receber a aceitar a pessoa como ela é e expressar uma consideração positiva por ela, simplesmente por que ela existe, não sendo necessário que faça ou seja isto ou aquilo,portanto,aceitá-la incondicionalmente; a empatia, por sua vez, consiste na capacidade de se colocar no lugar do outro, ver o mundo através dos olhos dele e procurar sentir como ele sente;e a congruência, a coerência interna do próprio terapeuta.

Outro ponto a considerar é que após longos estudos, Rogers chegou à conclusão de que as três condições são eficazes como instrumento de aperfeiçoamento da condição humana em qualquer tipo de relacionamento, tais como: na educação entre professor e aluno, no trabalho, na família,nas relações interpessoais em geral.

Para Rogers todos os homens são bons na sua essência, e que todo o aprendizado deveria ser organizado no sentido do indivíduo para o meio, e não o contrário. Neste sentido, ele nos diz:

'A Questão é saber se podemos permitir que o conhecimento se organize no e pelo indivíduo, em vez de ser organizado para o indivíduo.' — Carl Rogers".

E sendo Cristão, encontro diretamente a filosofia ensinada por Jesus neste tripé de Rogers.
Aceitação incondicional e empatia, Jesus chamava de "amar ao próximo como a si mesmo", e congruência, ensinava a perseverança, fé e a não aceitação dos padrões mundanos. "Não vos acomodeis a este mundo".

E até que me provem o contrário, sou humanista. Acredito nas pessoas, tento aceitá-las e sentir suas dores (estou longe de conseguir) e mantenho-me firme em meus princípios, na minha fé.

Evandro L! Melo
@evandrolmelo

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A gente se acostuma

A gente se acostuma. Com tudo. Qualquer que seja o incomodo, se não for logo cortado fora, a gente se acostuma.

Tal qual o velho exemplo do sapo que ao ser jogado em uma panela de água quente, pula fora sem demora. Mas se for colocado em água fria e ir aquecendo, morre cozido. Porque vai se acostumando.

Comprei um carro novo tempo atrás, tudo legal, mas um barulhinho vindo do banco de trás me incomodava. Era quase um grilo fanho cantando um fado.
Nos primeiros dias a irritação foi tanta, que coloquei a esposa no volante e saltei ao banco para acabar com o maldito grilo. E nada. Mais outra tentativa, mais uma e deu preguiça. 
Foi indo, foi indo até que me acostumei. Continua lá o tal grilo, mas hoje meus ouvidos já não dão atenção a ele.

A maioria de nós ocupa a maior parte do tempo em um trabalho que não gosta, mas acostuma, a vida é dura.

A política pública, quase nula, incomoda, mas já acostumamos. Acostumamos com calçadas impossíveis de se caminhar, com buracos que exigem maestria no volante, com caos em forma de filas, descaso com os menos favorecidos, descaso com os aposentados, e por aí vai.

A gente se acostuma quando o contrário é que nos foi ensinado. "Não se acostumem com esse mundo", dizem suas palavras. Mas a gente se acostuma.

Que a inquietação existe, existe. Mas é que a gente de acostuma.

Evandro L! Melo

terça-feira, 15 de novembro de 2011

PRIMING




Priming é um fenômeno psicológico em que uma resposta a determinado estímulo é facilitada por estímulos anteriores.
Basicamente, indução.

Por exemplo, seu eu contar que nasci no dia 5, as 5 horas e 55 minutos (é verdade!) e pedir, dias depois, para você adivinhar meu número da sorte, provavelmente você vai falar “5″, mesmo que já tenha esquecido a história.

Ou, se eu escrever um post sobre velhice, cheio de palavras como asilo, artrite, dor na coluna, labirintite… quando você for se levantar da cadeira, provavelmente vai ser mais devagar e lentamente do que o de costume.

Isso porque esse seu cérebro maluco é cheio de associações contextuais inconscientes e que acabam afetando suas percepções, suas reações e seu comportamento. Ou seja, livre arbítrio muito menos livre do que você gostaria de acreditar.

É o campo de distorção de realidade do Steve Jobs. São as visualizações de sucesso usadas por atletas. É bocejar de mentirinha 3 vezes pra dar sono no seu filho (alguém mais usa esse truque?).

Claro, a propaganda sabe bem disso e adjetiva produtos desde sempre, mas geralmente passa do ponto e deixa a armadilha explícita demais pra você cair. A não ser que seja uma categoria bem mais sutil e sacana como o Stealth, a propaganda que você não sabe que é propaganda.

Lembro de um exemplo interessante em que uma garota muito bonita, fingindo ser uma turista estrangeira, abordava homens em salas de embarque de aeroporto perguntando se falavam inglês. Se respondessem que sim, ela disparava a falar muito rápido. O coitado não entendia nada e tinha que pagar um mico na frente daquela mulher linda, que simplesmente fazia uma carinha de pena. Horas depois, no desembarque em outra cidade, o passageiro recebia um folheto de uma escola de inglês, sem que associasse os dois eventos. Priming, a serviço do mal. Uma incompetência plantada na cabeça, seguida de solução.

Mas toda essa introdução é só para apresentar esse experimento social, que mostra grana sendo usada como priming e disparando comportamentos surpreendentes.

É impressionante.



Malcolm Gladwell também conhece bem o priming e conta um pouco sobre os experimentos de um especialista no assunto: John Bargh (que eu já associei como um cara nojento, só por causa do sobrenome)



E não sei se você reparou, mas você está, nesse momento, mais desconfiado do mundo. Priming.
***

Peguei emprestado do ótimo Update or Die

domingo, 13 de novembro de 2011

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Por quê valorizar o Musico Cristão Brasileiro de Qualidade? por Guilherme de Carvalho - parte 2



"eu não to defendendo que a gente abandone a defesa da verdade, to defendendo que a gente ajude as pessoas a perceberem que bondade, beleza e verdade são inseparáveis, que existe beleza na verdade..."


Veja também a Parte 1.