sexta-feira, 29 de maio de 2009

Preferências

Todos vivem de preferências. As escolhas nascem dos apetites. Dizemos sim ao que nos fascina e não ao que antipatizamos. As paixões engatilham processos e acabamos querendo uma coisa (ou pessoa) mais que outra. As pessoas fazem o que lhes fascina.

Quando alguém decide, nada, e ninguém, o demoverá. Quando o rei propõe atacar o exército inimigo, o conselho do general morre como semente em terreno endurecido. Quando o rapaz resolve conquistar o coração da donzela, a advertência dos pais, sacerdotes, profetas e psiquiatras, fracassará.

Ninguém converte ninguém. Argumentos rechaçados pelo coração caem em ouvidos moucos. O fogo do inferno não assusta, o cenho franzido da Divindade não amedronta quem já ouviu a voz do próprio coração. Sensibilidade nasce da simpatia; a disposição de ouvir, com a amizade. A força que muda uma posição brota quando a graça precede o argumento, a credibilidade antecipa a explanação e a ternura dissipa o antagonismo.

As alternativas se reduzem com o amor. Sim, o amor diminui os mostruários. Eis a explicação do arrojo do amante. Positivo, abdica o que não lhe toca a alma. Disposto, abraça o que aprecia. Sem titubear segue o caminho excelente, movido pela ternura. Pelo sorriso do filho, o pai arrisca o futuro; pela felicidade da amada, o namorado ousa na beira de qualquer abismo. São poucas as opções para quem quer bem. Com os olhos fitos, busca o que mais deseja; as demais seleções lhe parecem borradas. Teimoso e obstinado, só palmilhará as veredas queridas.

Restam o sim e o não, apenas. Para a alma encantada todo o talvez, mingua. O amor fortalece a teimosia.

Ricardo Gondim
Soli Deo Gloria

terça-feira, 19 de maio de 2009

E Se... (ou O Que Deu Errado no Mundo?)

Amigos, depois de quase um mês sem atualizar o Blog, mando um texto encontrado no site Omelete.com.br na coluna "Poison on the Rocks". Li o texto ontem e gostei muito, vale a leitura e reflexão.

O título "e se" fala por si só, "e se" começarmos a pensar e agir diferente a partir de hoje, e se...

Boa leitura.

PS.: A falta de atualização se deve a eu estar de férias e evitando contato com o computador.

Evandro L! Melo
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E Se... (ou O Que Deu Errado no Mundo?)

E se os amigos e a família do primeiro cara que foi assassinado no mundo não tivessem revidado e sim perdoado o assassino? E se o cara que teve sua propriedade invadida, deixasse ficar, ao preço de um quinhão de trabalho? E se os “criminosos”, por sua vez, tivessem compreendido que tinham feito coisas inaceitáveis e passassem a apregoar justamente o contrário? E se, consequentemente, as duas partes se unissem e convivessem de forma pacífica, fazendo o possível para extrair da natureza apenas o que realmente precisassem para sobreviver, tentando, de maneira inteligente, compensar os danos causados plantando ou criando animais na mesma quantidade que estivessem extraindo? E se, sabendo-se inteligentes o bastante para equilibrar o próprio meio em que viviam, essas pessoas desenvolvessem modos de adquirir mais bem-estar, praticidade e produção de itens básicos simplesmente para seu próprio bem, para que a vida, enquanto durasse, fosse o mais prazerosa possível? E se, assim, todos, bem menos do que somos hoje, tivessem acesso a absolutamente tudo? E se, vivendo da melhor forma possível, todo mundo tivesse tempo, energia e motivação para escrever, compor, filmar, desenhar, fazer arte, ou refletir pura e simplesmente, se assim quisesse?

Não há uma espécie de ditado que diz que a infância é a melhor parte da vida? E por que precisávamos ir tão longe?

Engenheiros continuariam úteis, militares não. Administradores continuariam úteis, seguranças não. Artistas continuariam úteis, oportunistas não. Médicos continuariam úteis, planos de saúde não. Colunistas continuariam úteis, fofoqueiros não. Veterinários continuariam úteis, rebanhos criados a torto devastando áreas produtivas não – porque não seríamos tão numerosos, uma vez que já teríamos descoberto que o importante não é ter um sem-número de filhos, mas criar os poucos que tivéssemos da melhor maneira possível. Lembra que eu falei que sobraria tempo para refletir e não para enterrar um monte de queridos mortos à toa e/ou orquestrar planos mirabolantes de retaliação? Que sobraria tempo para planejar, descobrir que o importante é viver - e bem - ao lado de quem a gente ama? E que, inteligentes que fôssemos, seguiríamos sempre o primeiro exemplo, o que não foi movido pela vingança?

Daí você me diria: vaidade é uma característica inata ao ser humano. Busca por poder, materialismo, superioridade – qualquer uma – está conosco desde o momento que botamos o pé no planeta. Eu te perguntaria: será mesmo? Por que não encontro uma fagulha de nada disso em mim e em várias outras pessoas que me cercam? As que parecem ter, a meu ver, travam diariamente uma luta pessoal para se encaixar. Se pensassem um pouquinho mais antes de escolher, seriam bem diferentes. E devolveria a pergunta: e se o tal do mundo não fosse assim? Se a sociedade fosse totalmente diferente? Não é meramente ponto de vista?

Não estou querendo dar uma da John Lennon, de “Give Peace a Chance” e o escambau, não é isso. Eu só quero saber quem foi que determinou que isto aqui era um ringue gigante de marmanjos no gel se digladiando eternamente para descobrir quem é o mais bem-dotado (mulheres inclusas). Quem foi que disse que era pra ser uma competição sem fim? Ouvi dizer que a ideia era a de que fosse um planetinha habitável, supostamente criado para que pessoas, animais e plantas simplesmente vivessem. Lengalenga hippie idealista? Então alguém me explique por que se criaria um mundo determinado a se escafeder dali um tempo, simples assim? Ainda que não haja ninguém por trás do plano, por que uma espécie se desenvolveria, geraria descendentes e viveria para... nada? Nem uma ameba seria tão estúpida. Se não conseguir, me explique por que diabos a gente sempre seguiu um ponto de vista totalmente míope, o do cara que procurou vingança, poder, autoridade, ser melhor que o outro? Por que não podemos fazer diferente? Porque não caberia a nós, uma vez que nem aqui estaríamos, a verdade é esta. Num mundo planejado de maneira equilibrada, não haveria superpopulação, não haveria reprodução a toque de caixa. Assim sendo, não haveria má qualidade de vida, porque todos estariam em busca do melhor para todos. Não haveria quem tivesse que procurar emprego do outro lado do país porque as metrópoles estão sufocando de gente. Não haveria uns atropelando outros. Não haveria o primeiro no vestibular, o vencedor da dinâmica de grupo, a top model. Não haveria amados indo embora para procurar alternativas longe, tampouco uma necessidade que foge ao bom senso de ter sempre mais. Mas também não haveria saudade, horror à despedida e um bom tanto de sofrimento que hoje temos que enfrentar. Porque todos seríamos poucos. O conceito de "todos" talvez nos excluísse. Eu e você provavelmente não estaríamos aqui. Nem para sentir saudade. Valeria o sacrifício?

Luciana Toffolo
(http://www.omelete.com.br/conteudo_colunas.aspx?id=100019819&secao=colunas)

terça-feira, 28 de abril de 2009

O Sonho

Uma das melhores coisas que a vida nos proporciona é conhecer pessoas que compartilham do mesmo sentimento que você.

Pessoas essas que são presentes de Deus para nossa vida, que são enviadas para trazer paz, alento,conforto, desconforto...

No último domingo conheci uma dessas pessoas, Stênio Marcius, figura única que usa os dons e talentos que Deus lhe deu para contar ao mundo as maravilhas de servir ao Pai.

Stênio e sua esposa Selma, são dessas pessoas que não vieram ao mundo a toa, vieram para ser a diferença.

Como ele mesmo se define "uma pessoa simples, tentando viver como tal."

Fiz um vídeo (uma tentativa de um vídeo) trazendo uma bela música dele, chamada "O sonho" que está no disco "Canções da meia noite".

O vídeo é caseiro e a qualidade é bastante tosca, mas não se apeguem a isso, a idéia do vídeo é trazer a música e a letra para serem ouvida, lida e apreciadas.

PAZ!

Evandro Melo

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Você Se Esqueceu?

"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a
toda criatura" (Marcos 16:15).

Uma pequena criança, que vivia na rua, ouviu de um dos
colegas de infortúnio: "Se Deus ama você, por que não cuida
de você? Por que não manda alguém lhe trazer uma calça nova,
e um casaco, e uma comida melhor?" O menino pensou por
alguns instantes e, com lágrima nos olhos, respondeu: "Eu
creio que Ele mandou alguém, mas esse alguém se esqueceu." O
plano de Deus é cuidar de todos, usando para isso os seus
discípulos.

Muitas pessoas estão, hoje, necessitando urgente de um
cuidado especial. São pessoas angustiadas, tristes,
desiludidas. Deus quer cuidar delas e, para isso, conta
comigo e com você. E o que temos feito?

Deus nos mandou amar ao nosso próximo como a nós mesmos.
Temos feito isso? Há muitos que estão vagando pelas ruas
esperando que lhes levemos as calças da fé, o casaco quente
do amor, o alimento para suas vidas espirituais famintas.
Eles estão esperando... ansiosos... e vamos insistir em
esquecer do que Deus nos mandou fazer?

Às vezes pensamos que uma vida com Deus consiste apenas em
ir à igreja, cantar no coral, participar da Escola Bíblica,
entregar uma oferta no culto semanal e... mais nada! E os
que estão fora da igreja? E os perdidos? E os cansados e
oprimidos? O Senhor nos chamou e nos mandou, como a Abraão,
ser uma bênção.

Ser um cristão dentro do templo é fácil, cômodo, agradável.
Mas Jesus não nos disse "entrai na igreja e sentai" e sim
"ide e pregai o Evangelho". E o pregar não se resume a
palavras, mas, também a atitudes.

Você tem cumprido totalmente a vontade de Deus ou se
esqueceu de alguma coisa?

Pr. Paulo Roberto Barbosa

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Impaciência






Por:
Ricardo Gondim


Não aguento mais

big brother;
crise econômica;
campanha da igreja contra camisinha;
show da fé;
Ronaldão;
minha impaciência;
televisão;
correntes de amor na internet;
trânsito em São Paulo;
fedentina no rio perto de minha casa;
cara de pau de senador, deputado federal, estadual e vereador;
calor neste verão que parece não acabar nunca;
Diogo Mainardi;
Papa Bento XVI;
teologia fundo de quintal de quem se acha;
criança esperança na Globo;
ter que votar nas próximas eleições;
explicar que vinho é vinho e não suco de uva;
explicar no exterior que o Brasil não vive um avivamento espiritual;
ouvir que Deus está no controle da miséria e da morte desnecessária de crianças;
Dilma, Serra, Neves, da Silva, Sir Ney;
conferência para impactar o mundo;
preconceito;
40 propósitos para uma vida plena;
4 leis espirituais;
Madonna adotando meninos na África;
passeata gay e marcha para Jesus para mostrar quem junta mais gente;
minhas mea culpas.


EU acrescento
gente que canta chorando e fazendo careta;
jornal nacional;
Datena e todos os programas desta estirpe;

gente chata assim como eu; blogs assim como o meu;
campanhas de evangelismo que não se preocupam em cuidar da real necessidade do povo;
Pedro Bial;

igrejas novas nascendo em cada esquina;

cultos que mais parecem palestras motivacionais;

NET, empresa de internet e TV a cabo;


Junte-se a nós, faça você também a sua lista!

domingo, 12 de abril de 2009

Que venha logo!

Um grande amigo, aliás mais que amigo, um irmãozão, está gravando o 2o CD de sua carreira que pela Graça de Deus será longa.

Diego Venâncio está em estúdio preparando o novo disco que deverá sair em breve e pelo que ouvi dizer será ainda melhor que o primeiro.

Para aqueles que como eu nao vêem a hora de poder apreciar esse disco, vai uma palhinha do que vem por aí... e que venha logo!



domingo, 29 de março de 2009

Tanto pra nada

Um fenômeno crescente nos dias atuais são as aparições de Igrejas Evangélicas.
Aparecem com diversos nomes, formas, estilos, marketing, público alvo etc.

Mas ao mesmo tempo que o "evangelho" se propaga de forma intensa, é crescente também a desiguldade social. Crianças vendendo balas nos faróis, adolescentes de 12 anos se prostituindo, penitenciárias cada dia mais lotadas, AIDS, fome, guerras e por aí vai.

Me pergunto então, para que servem as igrejas? Para que serve o evangelho pregado em rádios e em dezenas de programas de televisão?

Para que serve ser Cristão, senão para transformar o mundo?

O que os que se dizem Cristão tem feito para mudar este triste cenário? - NADA.

No Brasil, segundo estatísticas, somos cerca de 35 milhões de evangélicos.
Será que com essa quantidade de gente que se diz seguidora dos ensinamentos de Jesus, não somos capazes de transformar o mundo?

Como conseguimos ser tão indiferentes em relação aos problemas sociais?

Preferimos lotar igrejas em busca de bençãos pessoais como emprego, saúde, dinheiro e fechar os olhos para o que está acontecendo no mundo.

Vergonha!

Enquanto isso, as pedras continuam clamando.