A internet ao contrário do que muitos pensam, não aumentou a nossa capacidade de dialogar, ao contrário, devido ao afastamento das pessoas e das "amizades"cada vez mais virtuais, acabamos caindo na armadilha da frieza da tecnologia.
Quando antes tínhamos meia dúzia de amigos, companheiros de churrasco, cerveja e bate papo, agora temos centenas e até milhares de "companheiros" virtuais e anônimos.
O que percebo nas redes sociais principalmente, são centenas de pessoas querendo falar ao mundo todo e alguns poucos dispostos a escutar, a dialogar, a trocar idéias.
E o pior é que a maioria não tem nada a dizer e diz ao mundo todo.
A tecnologia, ao mesmo tempo é admirável pela sua beleza e capacidade de alcançar um universo quase infinito, é também trágica no campo dos relacionamentos de afeto.
Quando antes os estudantes se reuniam na biblioteca da escola para fazer trabalhos em grupo, e enquanto um ia pesquisando na 'Barsa' ou no 'conhecer', outro ia resumindo, outro tirando cópia das ilustrações e outro escrevendo à mão em papel almaço. Hoje pesquisam no Google e se conversam por MSN.
Quando antes reuníamos a família e amigos para sortear o amigo secreto das festas de fim de ano, hoje fazemos por um Site amigosecreto.com.br.
Quando antes eu guardava no pensamento uma boa piada (ou nem tão boa), para contar a 2 ou 3 amigos da escola ou trabalho, hoje a publico no twitter para 50 pessoas que mal conheço.
A sociedade no geral se comporta de maneira estranha quando está em grupo ou no anonimato.
O mesmo rapaz que torce para o corinthians e tem amizade com um palmeirense, é o que quando está no estádio com a torcida, parte para a briga com a torcida rival.
Na internet o anonimato dá um certo poder à pessoa de botar pra fora aquilo que não é capaz de fazer ao vivo e a cores. E o que parece é que existe muita gente no mundo com um monstrinho sádico que habita nelas e quando estão na segurança que o anonimato proporciona o deixam sair e extravazar.
São os dois lados da moeda, e não creio que estamos com o poder de escolher um deles. Estamos sim é lançando essa moeda para cima todo dia, sem saber qual lado vai cair.
* Escrevi este post depois que li este AQUI do Paulo Brabo no Bacia das Almas.
Evandro L! Melo
Quando antes tínhamos meia dúzia de amigos, companheiros de churrasco, cerveja e bate papo, agora temos centenas e até milhares de "companheiros" virtuais e anônimos.
O que percebo nas redes sociais principalmente, são centenas de pessoas querendo falar ao mundo todo e alguns poucos dispostos a escutar, a dialogar, a trocar idéias.
E o pior é que a maioria não tem nada a dizer e diz ao mundo todo.
A tecnologia, ao mesmo tempo é admirável pela sua beleza e capacidade de alcançar um universo quase infinito, é também trágica no campo dos relacionamentos de afeto.
Quando antes os estudantes se reuniam na biblioteca da escola para fazer trabalhos em grupo, e enquanto um ia pesquisando na 'Barsa' ou no 'conhecer', outro ia resumindo, outro tirando cópia das ilustrações e outro escrevendo à mão em papel almaço. Hoje pesquisam no Google e se conversam por MSN.
Quando antes reuníamos a família e amigos para sortear o amigo secreto das festas de fim de ano, hoje fazemos por um Site amigosecreto.com.br.
Quando antes eu guardava no pensamento uma boa piada (ou nem tão boa), para contar a 2 ou 3 amigos da escola ou trabalho, hoje a publico no twitter para 50 pessoas que mal conheço.
A sociedade no geral se comporta de maneira estranha quando está em grupo ou no anonimato.
O mesmo rapaz que torce para o corinthians e tem amizade com um palmeirense, é o que quando está no estádio com a torcida, parte para a briga com a torcida rival.
Na internet o anonimato dá um certo poder à pessoa de botar pra fora aquilo que não é capaz de fazer ao vivo e a cores. E o que parece é que existe muita gente no mundo com um monstrinho sádico que habita nelas e quando estão na segurança que o anonimato proporciona o deixam sair e extravazar.
São os dois lados da moeda, e não creio que estamos com o poder de escolher um deles. Estamos sim é lançando essa moeda para cima todo dia, sem saber qual lado vai cair.
* Escrevi este post depois que li este AQUI do Paulo Brabo no Bacia das Almas.
Evandro L! Melo
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