quinta-feira, 1 de julho de 2010

espelho


sofro,
tanto quanto penso, tanto quanto falo, tanto quanto espero, tanto quanto não faço
sofro,
tudo que eu vejo, nada é segredo, tudo que eu ouço, nada é silêncio, tudo que me toca, é real,
tudo que deixo pra depois, me acomodo
me incomoda,
vida que levo e dela nada levo
choro,
medíocres mãos nos bolsos, nada é comigo,
no espelho, tudo que eu vejo é umbigo.

Evandro L! Melo

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