terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Além da submissão (part 1 de 5)

A luta de Jesus pela independência: a sua

Fé e Crença

O propósito destas páginas é demonstrar que as instruções morais de Jesus não são complexas em suas exigências, mas requerem simplesmente de nós a única coisa que pode conferir à vontade inteireza de propósito, e produzir em nós um atitude de firmeza e independência intelectual.

Com lamentável freqüência as palavras de Jesus são usadas pelos cristãos não como meios para a obtenção dessa vontade livre e independente, mas como regulamentos de autoridade inquestionável porque procedem da boca de Jesus. Essa aplicação das suas palavras, no entanto, representa uma efetiva insubordinação a elas.

Não podemos deixar de lado o fato de que Jesus esforçou-se para conduzir os que uniram-se a ele a uma postura que ia além desse tipo de obediência indolente. Compreender corretamente esse aspecto da sua obra é ver a consciência moral do ser humano encontrando nEle sua consumação final; e, se formos incapazes de enxergar isso, não poderemos experimentar a Pessoa de Jesus ou, em qualquer sentido real, o poder da redenção.

É adquirir independência no homem interior – ou seja, verdadeira vida.

Só conseguiremos apreender essa realidade quando as palavras de Jesus nos revelarem o espírito que nos capacita a adquirir independência no homem interior – ou seja, verdadeira vida. A não ser que encontremos em Jesus este caminho para a disciplina e a liberdade interiores, permanecerá para nós impossível experimentar sua Pessoa na qualidade de caminho que conduz ao Pai. Sem completa reverência é impossível que haja completa confiança; porém o acesso a Deus que é nosso através de Jesus consiste numa absoluta confiança na pessoa dele, confiança que representa a libertação dos horrores do isolamento espiritual. A não ser que tenhamos experimentado isso podemos, na verdade, prosseguir falando sobre o drama da redenção como algo realizado eras atrás, mas não teremos qualquer direito de dizer que ele é o Redentor cujo poder experimentamos agora.

Wilhelm Herrmann
em seu prefácio a Ensaios sobre o Evangelho Social, 1907

Fonte: www.baciadasalmas.com

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

O tanque.

O tanque.
Ricardo Gondim.

Era uma vez, uma cidade muito, muito importante; considerada o centro do mundo porque fatos notáveis aconteceram em suas colinas. Primeiro conhecida como a cidade de Davi, depois Jerusalém, ela se tornou a sede da religião dos judeus, cristãos e muçulmanos - que a consideram sagrada.

Em Jerusalém havia um chafariz que ficava próximo de uma feira de animais. Jerusalém sempre foi um lugar bem místico e alguém começou a dizer que as águas desta fonte eram miraculosas. Rapidamente, a notícia ganhou dimensões extraordinárias e espalhafatosas; no mercado, dizia-se que um anjo vinha do céu uma vez por ano, movia as águas e o primeiro doente que mergulhasse, seria curado.

Multidões se formaram, todos aguardando um milagre. A administração municipal de Jerusalém, interessada na romaria, mas também por razões humanitárias, resolveu construir um pavilhão para abrigar tanto enfermo. Edificaram um prédio imponente, com um alpendre de cinco pavimentos, que se lotava de paralíticos, cegos e doentes de toda a espécie. Devido a essa enorme expectativa, sempre adiada, de que uma pessoa (só uma) seria brindada com um milagre, o lugar foi denominado, ironicamente, de Betesda - que significa “casa de misericórdia”.

Conta-se que muitas famílias, para se verem livres dos doentes, os abandonavam nos alpendres do tanque de Betesda. Os ricos compravam escravos para os ajudarem a entrar nas águas. Alguns alugavam as bordas mais próximas, que possibilitavam melhor acesso. Todos queriam o seu milagre e, lógico, os mais abastados, sagazes e famosos, se sentiam perto da graça.

Os pobres e os doentes graves, os destrambelhados, acabavam no fundão do tanque. A esperança deles desvanecia, mas logo chegavam notícias, aqui e acolá, de que alguém acabava de receber o seu milagre - no mercado ao lado, os agraciados contavam sua história e os crédulos e atentos peregrinos que visitavam Jerusalém retransmitiam os testemunhos. Assim, a esperança de cura ficava adiada por mais um ano.

Jesus não vivia em Jerusalém. Aliás, ele residia longe desse ambiente supersticioso – em Cafarnaum. Mas ele sabia dos boatos. Em uma de suas visitas à cidade, resolveu visitar o tanque de Betesda. Com certeza, o que viu foi pior do que lhe contaram.

As pessoas afirmavam que o anjo visitava o tanque anualmente, mas ninguém sabia a data exata. Irrequietos, os doentes mais hábeis saltavam, esporadicamente, para se anteciparem ao anjo. A confusão era constante. Os que se sentiam melhor, corriam pelos corredores gritando “aleluia” e outros, nervosos e frustrados, desmentiam os milagres. Vez por outra, levantavam-se profetas prevendo o dia preciso em que o anjo visitaria o local.

Certos doentes jaziam por anos e anos em total mendicância, esperando o momento da cura que não chegava nunca. O estado de alguns era deplorável. Escaras cheiravam mal e piolhos podiam ser vistos a olho nu nos cabelos de certas mulheres.

Diante dessa realidade tão perversa, Cristo passou ao largo dos mais capazes, dos mais ricos e dos que menos precisavam de cura; dirigiu-se para um dos cantos esquecidos do tanque de Betesda e encontrou um homem que esperava por seu milagre há trinta e oito anos. Ninguém sabe seu nome, mas, com certeza era um pobre; sua família, ocupada com a sobrevivência, se esquecera dele fazia algumas décadas.

Jesus aproximou-se do paralítico e perguntou: “Você quer ser curado”? Ele respondeu dentro da lógica que aprendera: “Senhor, não tenho ninguém que me ajude a entrar no tanque quando a água é agitada. Enquanto estou tentando entrar, outro chega antes de mim”. De um só fôlego, Jesus ordenou: “Levante-se, pegue a sua maca e ande”. Imediatamente o homem pegou a maca e começou a andar.

A visita de Jesus ao tanque de Betesda aconteceu num sábado, o dia sagrado dos judeus, porque ele tinha um propósito: mostrar que a religião se preocupa, prioritariamente, com a sua estabilidade. Os religiosos sobrevivem da ilusão e não têm escrúpulos de gerar falsas expectativas em pessoas fragilizadas.

Quando aquele senhor abandonou o tanque de Betesda com a sua maca nas costas, Jesus deixou uma mensagem para a cidade de Jerusalém: "Os milagres que procedem de Deus não premiam quem souber se mostrar hábil, santo ou rico – Deus não faz acepção de pessoas, nem busca transformar os espaços religiosos numa corrida desenfreada pela bênção onde só os mais fortes sobrevivem".

O tanque de Betesda é metáfora que lembra a humanidade que Deus olha graciosamente para os desfavorecidos, para os que não têm a menor possibilidade de se safarem dos torniquetes perversos da injustiça, para os mais indefesos – órfãos e viúvas, por exemplo.

Cristianismo deve, portanto, assumir o compromisso de continuar visitando os campos de exilados (Darfur), as clínicas de Aids (África do Sul), as periferias miseráveis das grandes cidades (Brasil) para anunciar a mais alvissareira de todas as notícias: Deus não se esqueceu dos pobres.

Soli Deo Gloria.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

A fé.

Há algum tempo, eu venho pensando sobre a fé.
A fé que é pregada nas igrejas, a fé que os crentes dizem ter, a fé que tenho.
Canso e me perturbo quando ouço crentes, dizendo a si mesmos e a outros coisas do tipo: "-Vai dar tudo certo." , "-A vitória é sua", "-Esse emprego/cura/benção material/ já é seu" e por aí vai.
E comecei a entender que fé não é prever o futuro, ou moldá-lo à nossa vontade, mas sim aceitar o presente.
Aceitar e confiar em Deus. Confiar que Sua vontade é a melhor para nós.

Hoje passeando no site do Pr Ricardo Gondim, encontrei o texto As cosmovisões bíblicas , o qual trago um trecho, que fala sobre isso que eu pensava.

Vale a pena ler não só o trecho abaixo, mas também a texto todo. Para isso, clique AQUI.

PAZ!

Evandro
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... "A vida é uma aventura em que todos são chamados a encarar sem seguranças. Tudo pode acontecer a qualquer um, seja ele um crente devoto ou um agnóstico despreocupado. Cristo preferiu este modelo aos outros. Ele advertiu repetidas vezes que seus discípulos enfrentariam tribulações, seriam como ovelhas no meio de lobos e correriam o risco de morrerem prematuramente (como no caso de Estevão e Tiago).

Em um mundo contingente, onde acidentes e perseguições são plausíveis, é preciso redefinir o que se entende por fé. Fé deixa de significar que é possível agir preventivamente, antecipando-se aos problemas e doenças; deixa de ser uma força dirigida a Deus com poder de induzi-lo a fazer o que estaria indisposto; não visa consertar os mal-feitos que provocaram as doenças.

Na cosmovisão contingencial do Eclesiastes, fé passa a ser uma coragem de acreditar que os valores, princípios e verdades do Evangelho são suficientes para que se enfrente qualquer intempérie que a vida possa trazer.

Jesus afirmou que aqueles que ouvem a sua Palavra e a cumprem, são semelhantes ao homem que edificou sua casa sobre uma rocha e quando sopraram as ventanias nas tempestades, a casa permaneceu. Vale ressaltar que ele não sugeriu que os ventos seriam desviados e as tempestades, abrandadas.

Fé não prioriza modificar as condições da vida, mas os corações. Assim, as pessoas movidas pelo poder do Espírito, inspiradas pela contundência da verdade de Jesus e vivificadas pelo amor de Deus, tornam-se artesãs da história."

Soli Deo Gloria.

Pr. Ricardo Gondim

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Vivendo a fé na prática.

Há algumas semanas atrás, recebemos pedido de oração da família do Pr Marcus que atuam como missionários em Bishkek, pois iriam comemorar o Natal, levando a mensagem de Jesus, com um povo muçulmano de difícil acesso e bastante resistente.

Pois bem, segue abaixo a carta de agradecimento do Pr. Marcus, e contando um pouco como foi essa experiência.

PAZ!

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Bishkek, 27 de Dezembro de 2007

Queridos irmãos e cooperadores,

Saudação calorosa ! (embora estamos com menos 20 graus C hoje)

Este foi um mês cheio de acontecimentos e gostaríamos de compartilhá-los

Um deles foi o livramento que Deus me deu quando estava viajando para a vila. O carro rodou mais de 90 graus no gelo, mas graças a Deus não bati em nenhum carro ou cai no barranco.

O Natal foi comemorado na escola com uma cantata apresentada pelas crianças. Foi muito bom vê-los participando e aprendendo mais sobre o verdadeiro sentido do Natal.

O nosso Natal foi especial, um natal em família, Cantamos parabéns para Jesus, comemos bolo, Andréa contou uma história missionária e cada um de nós fez um agradecimento a Deus.

No dia 25, pela manhã, viajei para Ceriêntica. Louvamos a Deus por suas orações pois tudo saiu melhor do que esperávamos. Estavam presentes 60 pessoas entre, professores, funcionários, estudantes e seus familiares. Passamos o filme Jesus, segundo o evangelho de Lucas, com uma duração de 1 hora e meia. Todos ouviram atentamente a mensagem e no final, o pastor Kuban (ex-muçulmano), deu um testemunho desafiando os presentes a pensarem com respeito a sua vida espiritual, seu destino após a morte e a pessoa de Jesus como o único caminho para Deus.

A realidade de pregar o evangelho no mundo islâmico é bem diferente do que conhecemos no Brasil. Só o fato deles estarem presentes, assistindo aquele filme, já era um “pecado” para eles. Eles passaram suas vidas ouvindo que só Ala é Deus, que ninguém é maior que Maomé e que a Bíblia foi alterada. De repente estão diante de um filme que diz que Jesus é Deus e que é o único caminho para salvação.

O meu desejo natural era de fazer como no Brasil, pedindo para que as pessoas levantassem as mãos e viessem à frente entregando suas vidas para Cristo, porém sei que uma atitude como essa dentro da cultura que estamos inseridos acarretaria conseqüências sérias para o novo convertido.

Reconhecendo que a nossa função é a de levar a mensagem e que é o Espírito Santo que convence do pecado da justiça e do juízo, resolvemos não fazer nenhum convite imediato. Deixei claro que estava a disposição de qualquer um que quisesse aprender mais sobre Jesus e que poderia passar o filme em Kirguiz ou Russo em suas casas. Portanto, achamos que a melhor estratégia para aquela situação era deixar que o “apelo”, que já existe no filme, e o desafio do pastor Kuban, trabalhassem em seus corações. Estamos em oração esperando que o Senhor mande os primeiros frutos para Sua honra e glória.

MOTIVOS DE ORAÇÃO

· Agradecer pela apresentação do Filme Jesus.

· Orar para que o Espírito Santo trabalhe em seus corações e apareçam os primeiros frutos.

· Orar pelo início da igreja em Ceriêntica.

· Orar por nossa saúde e proteção contra as investidas do inimigo.

Que o Senhor, que fez o céu e a terra, seja o seu escudo e proteção.

Pr. Marcus Vinícius, Andréa, Elizabeth e Asaph



terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Bem e mal.

Bem e mal.
Ricardo Gondim

Naran, meu neto, gosta de classificar os personagens de seu mundo infantil em rígidas categorias. Vez por outra, ele me pergunta: “Vovô, o Homem Aranha é do bem ou do mal?”. Claro, procuro antecipar-me às suas expectativas e digo que o seu herói é do bem. Certo dia, vi-me num beco sem saída. Sério como um professor na hora da sabatina, ele me questionou: “Vô, Davi era do bem ou do mal?”. Eu respondi sem titubear: “Do bem”. “E Golias?”. Não hesitei: “Do mal”. Com essas duas respostas para trabalhar em sua cabecinha, ele recontou o que aprendera sobre o célebre embate entre o rei e o gigante, e emendou: “Mas, vô, Davi cortou a cabeça de Golias depois que o derrubou com uma pedra, não foi? Naquela hora ele não virou num homem do mal?”. Só consegui responder: “Eu nunca tinha pensado assim, mas acho que você tem razão”.

Nossa disposição para separar as pessoas em arraiais distintos, além de ingênua, não subsiste aos questionamentos de uma criança. Os seres humanos são infinitamente mais complexos que nossas pobres categorizações. Recentemente, vi o filme sobre a vida da cantora francesa Edith Piaf. Sua história mexeu com as minhas emoções, saí do cinema com o coração comovido. Sua infância, suas constantes perdas, sua adolescência nas sarjetas a tornaram uma mulher tempestiva, que bebia demais e parecia desequilibrada. Mas ela não podia ser rotulada com gradações que vão de boa a perversa.

Os personagens bíblicos são inconstantes em suas virtudes e os vilões não encarnam o mal absoluto. O único personagem bíblico absolutamente mal é Satanás. Todos os demais agem com vileza e bondade; são execrados e aplaudidos. Abraão creu, hesitou, mentiu. Moisés ousou, titubeou, perseverou. Davi amou, assassinou, arrependeu-se. A seqüência de exemplos lota o texto sagrado. Todos os heróis são cavalheiros e nobres, réprobos recomendáveis.

Jesus lidou com a alma humana como um vasto universo. Ele era extremamente cuidadoso e jamais subestimava a subjetividade de cada pessoa. Não deixou que apedrejassem a mulher apanhada em adultério. Considerava injusto que aqueles religiosos não levassem em conta o passado, os traumas, as feridas anteriores de tal muher. Não, ele não permitiria que a história dela fosse jogada na sarjeta só para que a lei fosse mantida. Quando li a biografia do Garrincha, talvez o maior ponta-direita do futebol brasileiro de todos os tempos, não consegui depreciá-lo como um devasso, mas como um desafortunado, um alcoólico carente de misericórdia. Chorei por sua sorte.

Li uma frase no blog do Allyson Amorin (http://alyssonamorim.blogspot.com/) que apreciei bastante: “Por trás de uma grande queda há sempre uma curva acentuada”. Quanta verdade! Devemos olhar não apenas para as quedas, mas considerar também as curvas acentuadas.

A monumental obra de Victor Hugo Os Miseráveis expôs Javert como um homem detestável, porque não conseguia conceber que um condenado pudesse ter alguma nobreza no coração. Uma vez condenado, para sempre perdido. Os maus mereciam, segundo sua percepção, os rigores da lei.

Jean Valjean, criminoso execrado por um homicídio, foi tenazmente perseguido por Javert, que só se preocupava em mostrar sua coerência com a lei. Durante toda a narrativa, Victor Hugo revela outro lado: o fugitivo era correto, bondoso, nobre, enquanto o legalista, um detestável vingativo. O caráter impoluto do policial camuflava um homem inclemente. A lei e o aparato policial escondiam a pequenez de Javert.

Preocupo-me com os religiosos que identificam facilmente quem vai para o inferno. Regras, conceitos teológicos e catecismos não conseguiriam por si só peneirar os bons dos ruins. Joio e trigo se parecem e é necessário esperar pelo fim dos tempos.

Só Deus conhece os porões de cada vida. Só ele sabe as guinadas que a existência de cada um sofreu, e só ele tem critérios suficientes para lidar com as histórias humanas. E a melhor notícia é que Deus não nos trata segundo uma lei fria. Ele é um pai tão compassivo e bom que no Salmo 103 considera nossa fragilidade como pó e, por isso, afasta de nós as nossas transgressões.

Quando penso em certo e errado, ordem e desordem, ligado e desligado, me esqueço da graça e dessa infinita capacidade divina de nos entender sem explicação. Sem a graça, resta o pavor da lei, que não considera as inadequações humanas, com agravantes e atenuantes. Sim, o justo juiz é um pai que me pôs em seu regaço, sem precisar esclarecer o porquê do seu amor.

Todos nós já nos comportamos como Davi. Em algumas circunstâncias o rei “virou do mal”, mas encontrou a infinita disposição de Deus para tratar-lhe com misericórdia. Essa disposição é a causa pela qual nós também não fomos destruídos.

Soli Deo Gloria.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Mas eu sei em quem tenho crido.

VERSÍCULO:
Por essa causa também sofro, mas não me envergonho, porque sei
em quem tenho crido e estou bem certo de que ele é poderoso para
guardar o que lhe confiei até aquele dia. (II Timóteo 1:12)

PENSAMENTO:
Como Paulo enfrentou circunstâncias muito difíceis perto do fim
da sua vida. Muitos que ele tinha levado ao Senhor o abandonaram.
Mas ele estava confiante que o Senhor não o abandonaria! Ele tinha
comprometido sua vida ao Jesus como Senhor. Esse Senhor asseguraria
que o investimento que Paulo fez não seria em vão. Sua vida, seu
futuro e seu destino eterno estavam confiados ao Senhor. Ele
acreditava com todo seu ser que num dia especial conhecido só por
Deus, Jesus voltará e todo joelho dobrará e a fé de Paulo no Senhor
será validada.

ORAÇÃO:
Todo Poderoso Deus, eu creio, mas, por favor, fortaleça minha fé
e minha confiança para que possa ter perseverança, não importa o
que acontecer, e fortaleça também minha esperança para que possa
permanecer vibrante. Confio ao Senhor tudo que sou e tudo que
espero ser, acreditando totalmente que o Senhor me sustentará ao
atravessar o que tiver no meu futuro, e me levar à sua presença
gloriosa com grande alegria. No glorioso nome de Jesus eu oro.
Amém.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Só porque vale a pena.

Desde que iniciamos as atividades do Grupo Eclesia, eu muitas vezes me peguei (e ainda me pego), me questionando sobre o resultado dessas nossas ações.

"- Será que trará bons frutos? - Estamos fazendo tão pouco. - Tem milhares de pessoas carentes pelo mundo, e nós só conseguimos ajudar algumas poucas. - De que adianta?!..."

Essas são as duvidas que me seguem o tempo todo.

E sempre em seguida me vem o consolo do Espírito Santo, e a certeza de que quem faz a obra é Deus e que sim isso trará bons resultados, muito maiores e melhores do que aquilo que imaginamos ou sonhamos.

Abaixo, segue o testemunho do Pr. Gondim, do resultado do trabalho que ele junto a sua igreja iniciou e que agora colhe os bons frutos.

Sim, vale a pena servir a Deus, Ele nunca falha.

PAZ!

Evandro

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Só porque vale a pena.

Ricardo Gondim.

Há vários anos, com muita dificuldade, começamos um pequeno projeto de desenvolvimento comunitário em Boqueirão do Cesário, no Ceará. A dificuldade vinha de nossos poucos recursos (a Betesda ainda dava os primeiros passos) e da localização geográfica do lugar; Boqueirão do Cesário fica no entroncamento de duas rodovias federais, mas não passa de um distrito – sem status de município – pobre e sujo.

Quando a Betesda chegou, não havia nenhuma igreja – nem católica – nenhum posto de saúde, e a água tinha um teor salino tão alto que nem o gado bebia em época de seca.

Fomos obrigados a semear aquela plantinha com as nossas lágrimas. Começamos uma escola, um posto de saúde, uma igreja e um programa de desenvolvimento comunitário.

No dia 30 de novembro de 2007, o Jornal “O Povo” de Fortaleza estampou uma notícia surpreendente: uma menina pobre, Daniela Guedes Silva, foi premiada na Olimpíada Nacional de Astronomia e Astronáutica, concorrendo com 350.000 candidatos de todo o Brasil.

E o que a Betesda tem a ver com isso?

É que essa menina...

1 - É cearense
2 - Do interior,
3 - De Boqueirão do Cesário,
4 - Do Centro Social Betesda.

A vitória da Daniela agora faz parte da história de todos os que sonharam e se deram por aquele projeto.

Sinto-me orgulhoso de que a minha igreja fez, e faz, toda a diferença na vida de gente como a Daniela, que vive em comunidades carentes.

Até hoje a escola do Centro Social Betesda é a única da cidade.

A Daniela aprendeu muito mais do que escrever; ela aprendeu a amar o conhecimento.

"A verdadeira religião é visitar os órfãos e viúvas em suas necessidades"

O link da notícia: http://www.opovo.com.br/opovo/ceara/748766.html

Soli Deo Gloria.