quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Apenas Diversão?

"Tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo
propósito debaixo do céu" (Eclesiastes 3:1).

Um menino pescava junto a um rio quando um grupo de outros
meninos, adolescentes, chegou com varas, molinetes e iscas
especiais. Logo que chegaram, entraram na água,
refrescaram-se, empurraram um ao outro, riram muito e
lançaram suas linhas de pescar, rebobinando e lançando
novamente várias vezes, mas não conseguiram pegar nada. O
menino, sentado com sua vara de pescar preparada de um galho
de árvore, a tudo assistia com atenção. De vez em quando ele
fisgava um peixe. Um dos outros meninos, finalmente,
perguntou: "Como você consegue isto? Nós temos iscas
especiais e não conseguimos pescar nenhum peixe!" O menino,
levantando os olhos, respondeu: "eu estou pescando porque
preciso do peixe. Vocês estão apenas brincando."

Quem sabe esteja faltando um pouco mais de concentração e
seriedade em nosso trabalho de evangelização. O Senhor nos
comissionou a "ir e pregar o Evangelho" e esta deve ser a
prioridade de nossas vidas espirituais. Orar e testemunhar,
orar e pregar a Palavra, orar e colocar a vida à disposição
de Deus. Muitos perdidos e sem esperanças estão aguardando o
nosso trabalho para que, encontrados e salvos, vivam a vida
abundante e eterna que o Senhor prometeu a todos que o
recebem no coração.

Às vezes vamos à igreja para encontrar com um amigo ou com a
namorada. Cantamos no grupo de louvor porque gostamos de
música e é só isso que nos interessa. Após aquele período,
deixamos disfarçadamente o templo e vamos bater papo no
corredor ou no estacionamento. Saímos para distribuir
folhetos da mesma forma que sairíamos para um passeio na
praia, no cinema ou em uma fazenda. A nossa vida espiritual
não passa de simples divertimento!

É claro que precisamos de tempo para nos alegrar com a
família e com os amigos, mas isso tem a hora própria. O
trabalho cristão deve ser feito com determinação e
dedicação. A salvação dos perdidos é o que nos importa
naquele momento e, se não levarmos a sério o nosso trabalho,
muitos poderão perecer sem Cristo.

Dedique-se com fervor ao serviço do Senhor. A alegria será
muito maior.

Pr. Paulo Roberto Barbosa

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Perdão

Quero pedir perdão,

A você, mulher, que foi abandonada por seu marido e eu não soube acolher. Minha indiferença à sua dor, muitas vezes em nome de uma programação, dói como uma flechada.

A você, adolescente, que tratei com a mesma rigidez legalista que me foi imposta. Eu acreditava que ela representava a legítima moral cristã. Agora vejo como gerei neuroses. Lamento por ter-lhe imposto um jugo que não carreguei quando tinha a sua idade.

A você, amigo, que me esqueci de agradecer por sua lealdade. Prezo por sua companhia, porém, reconheço que me atrasei em valorizar seu abraço sincero. Empolguei-me com quem eu considerava talentoso e útil e me esqueci de você, que nunca se impôs com suas competências, mas mostrou qualidades divinas.

A você, senhor, que na tribulação precisou de uma palavra humana. Eu só lhe lhe falei chavões. Em sua doença, agi como um dos amigos de Jó e fui indiferente em sua falência. Sua angústia não me inquietou e eu não me comovi com seu desespero. Perdoe-me!

A você, que constrangi com os meandros da insensatez humana. Negligente, permiti que questiúnculas religiosas vazassem para a arena pública; sei que estive no meio dos escândalos e isso não faz bem a minha alma.

Ao meu Deus, por não ter conseguido manter-me altaneiro em minhas atitudes. Eu não soube mostrar a mesma fidalguia de Jesus, a quem professo como Senhor de minha vida.

Resta afirmar que venho tentando ser melhor marido, pai, avô, cidadão, amigo e irmão; e que prometo não desistir tão cedo da tarefa de tornar-me um pouco parecido com meu Mestre.

Soli Deo Gloria.

Ricardo Gondim.

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A maioria de nós não é pastor, mas temos as mesmas responsabilidades como Cristão que somos.

Faço minhas muitas palavras escritas pelo Gondim. Peço perdão a todos que queriam um pouco de atenção e eu no meu egoismo não pude ajudar, peço perdão a todos os que julguei como quem julga o livro pela capa, peço perdão por não ter falado de Cristo quando tive oportunidades e agora pode ser tarde, peço perdão por não tratar bem um mendigo que chega na igreja...

Ser Cristão é muito mais do que ir na igreja aos finais de semana. Pense nisso!

Evandro

Donos de dons.

Tudo é dom; tudo renasce com gratuidade; nada se explica pela necessidade. Os olhos que seguem o girassol; o amor que constrói o Taj Mahal; a mão que dobra a carta, sem saber celebram o Poeta.

Tudo é dom, tudo acontece na liberdade; nada se adensa por imposição. O sim que recusa o não, o atalho que nega a estrada, o significado de também admirar com um “muito bom”, mostram a filiação.

Tudo é dom, tudo é convite à aventura; nada se restringe no destino. O imprevisto da incerteza e a emoção de dançar na beira do abismo fazem todos repetir: “a vida é bonita e é bonita”.

Tudo é dom, tudo se integra; nada pode ser esquecido. As lágrimas que brotam por pura rebeldia, as navalhadas, o gosto amargo do fel, compõem o material da mais doce poesia. Não exise poeta sem agonia. A fé brota da dúvida e o descanso carece da fadiga.

Tudo é dom, tudo morre; nada permanece. O tempo não existe; ele é só o passar do próprio tempo, cruel e impessoal. As tardes que se esgarçam, as noites que se calam e as madrugadas que se levantam, não respeitam monarcas e vassalos, santos e pecadores. Vivem os que sabem adestrar o dobrar do sino em cada hora cheia.

Soli Deo Gloria.

Ricardo Gondim

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

CARONAS Religiosos

"Ora, tudo faço por causa do evangelho, para dele tornar-me
co-participante" (1 Coríntios 9:23).

A frequência da igreja está comprometida com a lealdade
condicional de um exército de caronas que, em vez de
produzir edificação para todo o corpo, acaba gerando um
mal-estar que prejudica a adoração e o crescimento do
trabalho de Deus. O dedo polegar do carona significa: "Você
compra o carro, paga pelos consertos, pela manutenção, pelo
seguro, enche o tanque de gasolina -- e eu viajarei com
você. Mas se houver um acidente, o problema é seu e,
provavelmente, eu lhe processarei."

O mesmo acontece com a crença de muitos que frequentam
igrejas: "Vá você para as reuniões e ajude na realização dos
programas e eventos, procure saber sobre as necessidades,
faça o trabalho e pague as contas necessárias -- eu irei até
lá no final de semana para passear. Mas, se tudo que for
feito não me agradar, eu criticarei e reclamarei e,
provavelmente, sairei da igreja. Meu dedo polegar estará
sempre livre para buscar um passeio melhor."

Será que nós também não estamos incluídos no grupo dos
caronas? Estamos nos oferecendo ao Senhor como soldados do
Seu exército, prontos para fazer a Sua vontade ou
simplesmente temos esperado que outros trabalhem, sustentem
a obra e orem por nós? Compreendemos, pelo nosso próprio
envolvimento constante no trabalho do Senhor, as
dificuldades que muitas vezes aparecem, oramos pelas
soluções e louvamos a Deus pelos resultados ou, apesar de
nada fazermos, criticamos quando as coisas não nos agradam
e, como andarilhos sem rumo, um dia estamos aqui, outro ali
e nunca sabemos para onde vamos?

É preciso que, como filhos de Deus, comprados pelo sangue de
Jesus Cristo, participemos não somente da colheita das
bênçãos, mas também do trabalho de semeá-las para muitos
que, neste mundo, estão necessitando do amparo, direção,
consolo e salvação do Senhor.

Você vai continuar estendendo o dedo polegar buscando carona
na vida espiritual dos irmãos ou vai procurar ser, você
mesmo, uma bênção nas mãos de Deus?
Pr. Paulo Roberto Barbosa

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Carta de um missionário: Malasia e China

"É com muita alegria que volto a lhes escrever para compartilhar as vitórias e os desafios que temos tido aqui na Malásia.

Como compartilhei em cartas anteriores, a Malásia, através do seu governo, tem buscado a cada dia fazer com que este seja um país totalmente mulçumano. Com isso, os governantes não têm poupado esforços para dificultarem a pregação do evangelho ao povo malaio.

O governo malaio tem encontrado dificuldades para impedir o crescimento do povo cristão em Kuala Lumpur, devido àquela ser uma área onde se encontram muitos estrangeiros, por ser o centro do país. No entando, as coisas têm se tornado mais difíceis a cada dia nos estados e bairros fora do centro de Kuala Lumpur.

Neste mês foi aprovado, no estado de Kelantan, que fica ao norte da Malásia, uma lei que condenará a cinco anos de prisão, seis chibatadas com vara de junco e pagamento de multa de três mil dólares, qualquer pessoa que for pega tentando converter um mulçumano a outra religião.

Um segundo passo que este estado deu para tentar manter o estado cem por cento mulçumano foi: qualquer mulçumano homem que casar com uma indiana animista e convertê-la ao islamismo e manter sua família mulçumana, isso incluindo os filhos, ganhará uma casa, um carro, um bônus de dois mil e setecentos dólares e duzentos e setenta dólares por mês. Como vocês podem ver, queridos irmãos, precisamos orar ainda mais para que nosso Deus continue agindo no meio do povo malaio e para que os nossos irmãos em Cristo possam, a cada dia, sinalizar o Reino de deus para estas pessoas que continuam cegas pelo diabo.

Gostaria de terminar esta carta compartilhando mais uma vitória que tive mediante as orações de vocês. Graças ao nosso bondoso Deus, o ministério esportivo da Malásia aprovou meu pedido de visto de trabalho. Com isso, agora as coisas estão mais fáceis para que eu possa, em breve, receber o visto de trabalho. O melhor de tudo, irmãos, é que meu pedido de visto tinha sido de um ano, mais foi aprovado um visto de dois anos. A cada dia tenho sido surpreendido com a fidelidade e misericórdia de Deus em minha vida e ministério.

Amados, muito obrigado por continuarem juntos nesta obra. Espero que nosso Pai continue cuidando cuidando e abençoando muito a vida de vocês.
Pr. Roberto Romão"

E uma outra informação que veio nessa carta foi:

China: um gigante que clama!
A igreja na China recebe de 20.000 a 28.000 novos crentes diariamente. A "igreja subterrânea" cresce a cada dia, mesmo sob o risco de os cristãos serem aprisionados e mortos. A igreja evangélica chinesa é perseguida e extremamente carente de recursos e treinamento.
Na China há 20 milhões de surdos; 10 milhões de abortos são praticados por ano; 300.000 têm AIDS; cerca de um quarto da população é analfabeta; são registrados 40% dos suicídios do mundo.
Mais de 60% dos chineses não têm religião e cerca de 30% seguem o budismo e as religiões locais. Os cristãos são cerca de 6% da população chinesa. Apenas os chineses com mais de 18 anos podem ser evangelizados.
Estima-se que 50 milhões de crentes chineses ainda esperam por sua primeira bíblia. Há crentes que nunca viram uma bíblia.
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E nós, o que temos feito em um país livre como o Brasil ?

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Tribos indígenas ainda praticam o infanticídio

Crimes na floresta

Muitas tribos brasileiras ainda matam crianças
– e a Funai nada faz para impedir o infanticídio


Leonardo Coutinho (Revista Veja)

Fotos Photoon e arquivo pessoal
A índia Hakani, em dois momentos. Ao lado, abraça a mãe adotiva, Márcia, no seu aniversário de 12 anos. Acima, aos 5, em sua tribo: altura e peso de 7 meses

A fotografia acima foi tirada numa festa de aniversário realizada em 7 de julho em Brasília. Para comemorar os seus 12 anos, a menina Hakani pediu a sua mãe adotiva, Márcia Suzuki, que decorasse a mesa do bolo com figuras do desenho animado Happy Feet. O presente de que ela mais gostou foi um boneco de Mano, protagonista do filme. Mano é um pingüim que não sabe cantar, ao contrário de seus companheiros. Em vez de cantar, dança. Por isso, é rejeitado por seus pais. A história de Hakani também traz as marcas de uma rejeição. Nascida em 1995, na tribo dos índios suruuarrás, que vivem semi-isolados no sul do Amazonas, Hakani foi condenada à morte quando completou 2 anos, porque não se desenvolvia no mesmo ritmo das outras crianças. Escalados para ser os carrascos, seus pais prepararam o timbó, um veneno obtido a partir da maceração de um cipó. Mas, em vez de cumprirem a sentença, ingeriram eles mesmos a substância.

O duplo suicídio enfureceu a tribo, que pressionou o irmão mais velho de Hakani, Aruaji, então com 15 anos, a cumprir a tarefa. Ele atacou-a com um porrete. Quando a estava enterrando, ouviu-a chorar. Aruaji abriu a cova e retirou a irmã. Ao ver a cena, Kimaru, um dos avôs, pegou seu arco e flechou a menina entre o ombro e o peito. Tomado de remorso, o velho suruuarrá também se suicidou com timbó. A flechada, no entanto, não foi suficiente para matar a menina. Seus ferimentos foram tratados às escondidas pelo casal de missionários protestantes Márcia e Edson Suzuki, que tentavam evangelizar os suruuarrás. Eles apelaram à tribo para que deixasse Hakani viver. A menina, então, passou a dormir ao relento e comer as sobras que encontrava pelo chão. "Era tratada como um bicho", diz Márcia. Muito fraca, ela já contava 5 anos quando a tribo autorizou os missionários a levá-la para o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, em São Paulo. Com menos de 7 quilos e 69 centímetros, Hakani tinha a compleição de um bebê de 7 meses. Os médicos descobriram que o atraso no seu desenvolvimento se devia ao hipotireoidismo, um distúrbio contornável por meio de remédios.

Marcia Suzuki
Kasiuma e sua filha Tititu: ela convenceu a tribo a tratar a filha hermafrodita, em vez de matá-la

Márcia e Edson Suzuki conseguiram adotar a indiazinha. Graças a seu empenho, o hipotireoidismo foi controlado, mas os maus-tratos e a desnutrição deixaram seqüelas. Aos 12 anos, Hakani mede 1,20 metro, altura equivalente à de uma criança de 7 anos. Como os suruuarrás a ignoravam, só viria a aprender a falar na convivência com os brancos. Ela pronunciou as primeiras palavras aos 8 anos. Hoje, tem problemas de dicção, que tenta superar com a ajuda de uma fonoaudióloga. Um psicólogo recomendou que ela não fosse matriculada na escola enquanto não estivesse emocionalmente apta a enfrentar outras crianças. Hakani foi alfabetizada em casa pela mãe adotiva. Neste ano, o psicólogo autorizou seu ingresso na 2ª série do ensino fundamental.

A história da adoção é um capítulo à parte. Mostra como o relativismo pode ser perverso. Logo que retiraram Hakani da aldeia, os Suzuki solicitaram autorização judicial para adotá-la. O processo ficou cinco anos emperrado na Justiça do Amazonas, porque o antropólogo Marcos Farias de Almeida, do Ministério Público, deu um parecer negativo à adoção. No seu laudo, o antropólogo acusou os missionários de ameaçar a cultura suruuarrá ao impedir o assassinato de Hakani. Disse que semelhante barbaridade era "uma prática cultural repleta de significados".

Ao contrário do que acredita o antropólogo Almeida, os índios da tribo não decidem sempre da mesma forma. Em 2003, a suruuarrá Muwaji deu à luz uma menina, Iganani, com paralisia cerebral. A aldeia exigiu que ela fosse morta. Muwaji negou-se a executá-la e conseguiu que a tribo autorizasse seu tratamento em Manaus. Médicos da capital amazonense concluíram que o melhor seria encaminhar Iganani para Brasília. Antes disso, porém, foi necessário driblar a Fundação Nacional do Índio (Funai). O órgão vetou sua transferência com o argumento de que um índio isolado não poderia viver na civilização. Só voltou atrás quando o caso foi denunciado à imprensa. Agora, Iganani passa três meses por ano em Brasília. Aos 4 anos, consegue caminhar com o auxílio de um andador. Estaria melhor se a Funai permitisse que ela morasse continuamente em Brasília. Há dois anos, os suruuarrás voltaram a enfrentar uma mãe que se recusava a matar a filha hermafrodita, Tititu. A tribo consentiu que a menina fosse tratada por brancos. Em São Paulo, ela passou por uma cirurgia corretora. Sem a anomalia, Tititu foi finalmente aceita pela aldeia.

Fotos Photton

À esquerda, Amalé, sobrevivente de uma tribo que fez pose para a BBC. À direita, a deficiente Iganani com a mãe, Muwaji, que se negou a envenená-la

O infanticídio é comum em determinadas espécies animais. É uma forma de selecionar os mais aptos. Quando têm gêmeos, os sagüis matam um dos filhotes. Chimpanzés e gorilas abandonam as crias defeituosas. Também era uma prática recorrente em civilizações de séculos atrás. Em Esparta, cidade-estado da Grécia antiga que primava pela organização militar de sua sociedade, o infanticídio servia para eliminar aqueles meninos que não renderiam bons soldados. Um dos seus mais brilhantes generais, Leônidas entrou para a história por ter liderado a resistência heróica dos Trezentos de Esparta no desfiladeiro de Termópilas, diante do Exército persa, em 480 a.C. Segundo o historiador Heródoto, Leônidas teria sido salvo do sacrifício apesar de ter um pequeno defeito em um dos dedos da mão porque o sacerdote encarregado da triagem pressentiu o grande futuro que o bebê teria.

Hulton archive/Getty Images
Leônidas, o herói que entrou para a história: em sua Esparta bebês defeituosos eram mortos


Entre os índios brasileiros, o infanticídio foi sendo abolido à medida que se aculturavam. Mas ele resiste, principalmente, em tribos remotas – e com o apoio de antropólogos e a tolerância da Funai. É praticado por, no mínimo, treze etnias nacionais. Um dos poucos levantamentos realizados sobre o assunto é da Fundação Nacional de Saúde. Ele contabilizou as crianças mortas entre 2004 e 2006 apenas pelos ianomâmis: foram 201. Mesmo índios mais próximos dos brancos ainda praticam o infanticídio. Os camaiurás, que vivem em Mato Grosso, adoram exibir o lado mais vistoso de sua cultura. Em 2005, a tribo recebeu dinheiro da BBC para permitir que lutadores de judô e jiu-jítsu disputassem com seus jovens guerreiros a luta huka-huka, parte integrante do ritual do Quarup, em frente às câmeras da TV inglesa. Um ano antes, porém, sem alarde, os camaiurás enterraram vivo o menino Amalé, nascido de uma mãe solteira. Ele foi desenterrado às escondidas por outra índia, que, depois de muita insistência, teve permissão dos chefes da tribo para adotá-lo.

Há três meses, o deputado Henrique Afonso (PT-AC) apresentou um projeto de lei que prevê pena de um ano e seis meses para o "homem branco" que não intervier para salvar crianças indígenas condenadas à morte. O projeto classifica a tolerância ao infanticídio como omissão de socorro e afirma que o argumento de "relativismo cultural" fere o direito à vida, garantido pela Constituição. "O Brasil condena a mutilação genital de mulheres na África, mas permite a violação dos direitos humanos nas aldeias. Aqui, só é crime infanticídio de branco", diz Afonso. Ao longo de três semanas, VEJA esperou por uma declaração da Funai sobre o projeto do deputado e as histórias que aparecem nesta reportagem. A fundação não o fez e não justificou sua omissão. Extra-oficialmente, seus antropólogos apelam para o argumento absurdo da preservação da cultura indígena. A Funai deveria ouvir a índia Débora Tan Huare, que representa 165 etnias na Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira: "Nossa cultura não é estável nem é violência corrigir o que é ruim. Violência é continuar permitindo que crianças sejam mortas".

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E então, vamos deixar esses povos com sua "cultura"e aceitar tais atrocidades?
Ou vamos atender ao chamado de Deus, nosso Pai, para não sermos conformados com o mundo (
Romanos 12:2), mas fazer a diferença que ele precisa ?

O que temos feito com nossa liberdade?

terça-feira, 14 de agosto de 2007

A Medalha Da Felicidade

"Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração" (Salmos 40:8).

O pacote, embrulhado com um papel amarrotado, era endereçado
a "Monsieur Kipling." Rudyard Kipling, renomado autor
britânico, ganhador do Prêmio Nobel, com muita curiosidade,
abriu o pacote escrito com letra quase ilegível. Dentro dele
havia uma caixa vermelha com uma tradução francesa de seu
romance, Kim, perfurado por um buraco de bala nas últimas
vinte páginas. No buraco, presa a um laço de fita, estava a
Cruz Maltesa da Croix de Guerre, Medalha francesa concedida
por coragem na guerra. O livro tinha sido enviado por um
jovem soldado francês, Maurice Hamonneau. Ele explicou em
uma carta que se o livro Kim não estivesse em seu bolso
quando entrou na guerra, ele teria morrido. Hamonneau pediu
a Kipling que aceitasse o livro e medalha como um presente
de gratidão. Kipling se sentiu comovido e feliz, mais do que
todas as demais honrarias que recebeu. Através de um
trabalho seu, Deus havia salvo a vida daquele soldado.

Como nos faz bem saber que outras pessoas são abençoadas
por
aquilo que somos ou fazemos. Um aperto de mão, um sorriso de
gratidão, uma palavra de carinho, é tudo de que necessitamos
para ter um dia pleno de alegrias.

Muitas vezes nos esforçamos e até nos desesperamos em busca
de conquistas pessoais, julgando que só alcançaremos a
felicidade se conseguirmos galgar os degraus do êxito e da
prosperidade financeira. Ficamos tão ocupados em buscar a
tal felicidade que não sobra tempo para sermos felizes.

O soldado francês ganhou uma medalha de bravura, mas o
escritor britânico ganhou uma medalha de muito maior valor.
Assim também acontece conosco, quando nos dedicamos a servir
ao Senhor para buscar aqueles que estão perdidos e sem
esperanças. "Uma vida vale mais do que o mundo inteiro," e
não há prêmio maior ou que dê mais prazer do que saber que o
nosso trabalho produziu a oportunidade de salvação para as
pessoas que não haviam sido alcançadas. A glória é de Deus, a honra é do Senhor, e a alegria e felicidade são nossas.
Pr. Paulo Roberto Barbosa